
Era mais um dia de plantão na emergência pediátrica. A médica, experiente e calejada pelos desafios diários da profissão, viu chegar em seus braços uma criança sem sinais vitais. A equipe agiu com rapidez, aplicando todos os protocolos de reanimação. Mas o tempo passava, e o corpo do menino permanecia inerte, frio, sem resposta. Após inúmeras tentativas, a dura realidade se impôs: aquela criança não dava mais sinais de vida.
Com o coração apertado, a médica se afastou por um instante para começar a preencher o atestado de óbito. Ao fundo, ouvia-se o choro contido de familiares, mas entre eles, uma mulher se ajoelhou. Era a avó da criança. Enquanto todos se entregavam à dor da perda, ela se entregava à oração.
De olhos fechados, mãos erguidas, voz trêmula, ela clamava a Deus com uma fé que desafiava a lógica e os diagnósticos. Não era uma oração bonita, ensaiada ou cheia de palavras complexas. Era um clamor sincero, vindo das profundezas da alma. Ela pedia a Deus que devolvesse a vida ao seu neto. Ela não orava por consolo, orava por milagre.
E então, algo extraordinário aconteceu.
Um sussurro entre os profissionais rompeu o silêncio: “Ele se mexeu”. O monitor cardíaco, antes silencioso, começou a registrar batimentos. A médica correu de volta. Os olhos da criança se abriram lentamente, como quem desperta de um longo sono. A vida havia retornado.
Diante de todos, ciência e fé se encontraram naquele quarto. A médica, ainda em choque, confessaria depois que nunca havia presenciado algo semelhante. “Eu já estava com o atestado pronto. Não havia mais o que fazer. Mas aquela oração… algo inexplicável aconteceu ali.”
Esse testemunho poderoso ecoa uma verdade que atravessa séculos: a oração tem poder. Ela não é apenas um recurso espiritual, mas uma ponte entre o impossível humano e o sobrenatural divino. Quando oramos com fé, abrimos espaço para que Deus aja onde a medicina já não alcança, onde as forças humanas já se esgotaram.
Não se trata de negar a ciência, mas de reconhecer que há momentos em que apenas o céu pode responder. E nesse caso, respondeu. Não por merecimento, mas por misericórdia. Não por lógica, mas por fé.
Aquela avó, com joelhos no chão e coração no alto, nos ensinou algo profundo: enquanto houver fé, haverá esperança — e onde há esperança, milagres ainda podem acontecer.
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Coluna Palavras de Deus – Blog do Alan Ribeiro