O documentário Pra Sempre Paquitas, disponível no Globoplay, traz à tona uma realidade muitas vezes esquecida sobre as meninas que fizeram parte do grupo de assistentes de palco da apresentadora Xuxa, conhecidas como Paquitas. Embora fossem vistas como ícones de uma geração e admiradas pelo público, o documentário revela o outro lado dessa experiência: os episódios de humilhação e abuso psicológico que muitas dessas jovens teriam sofrido nos bastidores, especialmente pela diretora dos programas de Xuxa, Marlene Mattos.
Segundo os relatos presentes no documentário, as Paquitas enfrentavam um ambiente de trabalho rígido e opressor, onde eram constantemente pressionadas a manter uma imagem perfeita e a seguir regras severas. Algumas descrevem situações de humilhação pública, controle excessivo sobre suas vidas pessoais e profissionais, e uma atmosfera de medo imposta pela diretora. Essas práticas de abuso psicológico são inaceitáveis em qualquer ambiente de trabalho, especialmente envolvendo jovens em fase de formação pessoal e profissional.
É imperativo que tais relatos não sejam tratados apenas como histórias do passado. As situações de abuso e humilhação, mesmo em contextos de entretenimento, merecem a devida atenção das autoridades competentes. Em um mundo onde a proteção aos direitos humanos e o respeito à dignidade individual estão cada vez mais em pauta, esses comportamentos devem ser investigados e, se comprovados, responsabilizados legalmente. As vítimas de abusos, como as Paquitas, merecem justiça e reparação pelo sofrimento imposto a elas durante seus anos de trabalho no programa.
A exposição desses abusos reforça a importância de se combater todo tipo de assédio e humilhação no ambiente de trabalho, mostrando que não importa o quanto uma pessoa ou uma empresa seja influente, é necessário que se mantenha o respeito e a dignidade de todos os envolvidos. O documentário, além de resgatar a nostalgia das Paquitas, abre uma discussão necessária sobre os limites do poder e a proteção de jovens expostos a ambientes controladores e abusivos.
Por Alan Ribeiro, Editor do Blog do Alan Ribeiro
