
Minha Província de São Pedro, Que agora pedindo ajuda, Vendo a paisagem que muda, Ela que era verdejante, Que não será com a de antes, Eu canto, e que Deus acuda. E o canto, que a todos levante. Já aí são cinco mil anos (Suméria, China, Índia, Egito) E mesmo assim não acredito Que nós, os pobres humanos, Cristãos ou pagãos profanos, Ainda não vimos que a chuva Pão de grãos e vinho de uva Nos dá, mas também as vezes É a causa destes revezes; Da lama que a água turva; Da cidade destruída; Das vidas que são levadas; No jogo do tudo ou nadas A luta nunca é perdida, Pois se há sentido na vida, Lutar é mais que um dever, Lutar é o meu próprio ser. Aqui na terra farrapa Ninguém nos tira do mapa Nem nos faz esmorecer. Nem nada pode arruinar Quem já nasceu peleando De sentinela guardando Sob o sol, sob o luar, Sob a alegria e o pesar, Sob a escassez e a fartura, Os confins deste Brasil, A nação que nos pariu; Pelear é a nossa cultura. Sofrendo, sim, mas sabendo Que se há morte, se há uma cruz A cruz à vitória conduz; Se há luta, se há tragédia, Puxamos bem firmes a rédia Choramos com nosso cantar Mas sempre de pé a lutar Sofremos, mas sempre de pé Sofremos, mas sempre com fé: Só sofre quem soube amar. Fonte: Brasil Paralelo
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