Jesus não foi buscar as chaves do inferno

Bom dia!

Muitos de nós crescemos ouvindo histórias fascinantes que misturam crenças populares com ensinamentos bíblicos. Uma das mais intrigantes é a ideia de que, após sua crucificação, Jesus desceu ao inferno, enfrentou Satanás em um embate épico e emergiu vitorioso, trazendo consigo as chaves do inferno.

Essa narrativa, embora rica em drama e heroísmo, diverge do que as Escrituras realmente dizem.

Primeiramente, é crucial esclarecer um equívoco comum: o conceito de que o diabo reina no inferno como se fosse seu domínio particular é mais uma criação da imaginação popular do que uma verdade bíblica.

Na realidade, a Bíblia descreve satanás não como um governante infernal, mas como um ser que perambula pela Terra, buscando a ruína espiritual da humanidade através da decepção e da tentação.

Quanto à jornada de Jesus após sua morte, muitos interpretam passagens como Efésios 4, que menciona Jesus “descendo às partes mais baixas da terra”, como uma viagem física ao inferno mas que na verdade é uma referência metafórica ao estado de morte.

Esta interpretação é reforçada pelo contexto bíblico, que usa a expressão “mundo dos mortos”, neste caso, para indicar não um
local de tormento eterno governado por demônios, mas sim a condição de morte que Jesus verdadeiramente experimentou por um breve período.

O texto que faz referência a chaves do inferno encontrado em Apocalipse 1:18, o próprio Cristo declara: “Eu sou o Vivo. Estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno.”

A questão é que a palavra grega “kleis”, traduzida como “chaves” neste contexto, simboliza não um objeto físico, mas a autoridade suprema que Jesus adquiriu sobre a morte e o inferno. Esta autoridade não foi obtida através de conflito ou conquista, mas foi-lhe concedida em virtude de sua ressurreição, como um testemunho do seu triunfo definitivo sobre a morte.

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Portanto, o verdadeiro significado por trás das palavras de Jesus em Apocalipse é um lembrete de sua vitória final sobre as forças da morte, garantindo a todos que nele creem a promessa da vida eterna.

A crença em Jesus Cristo não é apenas um ato de fé na sua ressurreição, mas também um reconhecimento da sua autoridade divina sobre tudo o que nos ameaça, seja nesta vida ou na que nos aguarda.

Através dessa compreensão, podemos apreciar a mensagem de esperança e redenção que o Evangelho nos traz, reconhecendo que, em Jesus, temos não só um salvador, mas um rei vitorioso que detém o poder sobre a morte e nos promete a vida eterna!

Mateus Eleutério

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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