Inverno goiano exige cuidados preventivos com a saúde

Tempo seco, com noites frias e dias quentes

Com a chegada do inverno típico do cerrado goiano, com tempo seco, noites frias e dias quentes, é comum as pessoas começarem a se preocupar mais com as doenças comuns nesta época do ano: resfriado, asma, bronquite, rinite e gripe, inclusive a causada pelo vírus H1N1, e alergias de pele, que estão entre os males que apresentam aumento na incidência.

É por esse motivo que alguns cuidados especiais devem ser tomados, principalmente por crianças e idosos, que, em geral, têm um sistema imunológico mais frágil. Mas os adultos também devem se cuidar.

A médica imunologista Lorena Diniz, do Hospital Estadual Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), alerta que algumas delas são preveníveis por vacinas. São elas: gripes influenza, pneumonias, bronquiolites, coqueluche e sarampo. “Estar com a caderneta de vacinação em dia é um passo importante para combater esses distúrbios”, garante.

Ela também afirma que a adoção de medidas simples, como o hábito de lavar as mãos, evitar frequentar ambientes com grandes aglomerações e lugares fechados, aumentar a ingesta de líquidos e manter uma alimentação saudável, rica em vitamina C, contribuem para manter longe de crianças e idosos os males comuns do inverno.

Lorena fala ainda da importância da prevenção dos adultos, pois eles geralmente são responsáveis por transmitirem infecções respiratórias para crianças e idosos. Eles são denominados de portadores saudáveis, pois transmitem as infecções sem apresentarem sintomas. “Por esta razão é importante a vacinação de adultos. Eles também podem se prevenir com as vacinas, que não são indicadas apenas para crianças”, orienta a imunologista.

Assistência médica

Lorena esclarece que tanto crianças quanto adultos precisam procurar assistência médica, se apresentarem um quadro de febre alta acompanhado de sintomas como fraqueza, falta de apetite, prostração, falta de ar, cansaço, tosse constante e dores no peito. “Quanto mais precoce for o tratamento, maiores as chances de uma boa recuperação”, diz a médica.

Vânia Rasmussen Pereira, gerente de Regulação da Secretaria da Saúde (SES-GO), informa que, para ser atendida pelo SUS, a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (centro de saúde) mais próximo de sua residência ou local de trabalho.  Se estiver em situação de emergência, como falta de ar, buscar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) existentes nos municípios goianos.

Em Goiânia, deve-se ir a um dos Cais.  Nesses locais, o paciente receberá tratamento em leitos de observação, será atendido por um médico, medicado e, depois de algumas horas, receberá alta. Os casos mais graves são encaminhados para unidades maiores, como hospitais.

A funcionária pública Cleusa Vieira dos Santos, de 60 anos, residente no Setor Santa Luzia, seguiu esse caminho. Com dores no peito, febre e tosse, buscou assistência no Cais Chácara do Governador, Região Leste da capital. “Estou como esses sintomas desde sexta-feira, dia 22. Como não melhorei, procurei auxílio médico”, conta.

A técnica de enfermagem Celíldes Cardoso, de 35 anos, também procurou a unidade de saúde para se tratar de uma doença típica do inverno: sinusite e rinite. Como o seu caso é crônico, ela tem até um kit de sobrevivência para esta época do ano. “Sempre tenho em casa soro fisiológico para lavar as narinas. E não dispenso o uso de umidificador nas horas mais secas do dia”, ensina.

Questão de pele

A baixa umidade registrada de junho a outubro no Planalto Central propicia ainda o ressecamento da pele, abrindo caminho para outros males dermatológicos. Segundo a dermatologista Mirian Castilho, a mais comum é a dermatite atópica e a de contato. Esses distúrbios apresentam erupções e coceira.

Para fugir desses problemas, Mirian Lane recomenda uma hidratação correta. Ela começa no banho, com água mais fria, sem muito sabonete ou bucha. Os banhos devem ser rápidos, e a pessoa deve usar bons hidratantes pós-banho por pelo menos duas vezes ao dia. “Dependendo da doença, alguns hidratantes comuns podem agravar o caso. A pessoa deve procurar ajuda médica para indicação de um produto e diagnóstico correto”, afirma Miriam, que também é professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT).

Comunicação Setorial da Secretaria da Saúde de Goiás

Compartilhe seu amor
Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

Artigos: 17404