Relendo um clássico conto Judaico (indishe) me veio a vontade de escrever sobre.
Um homem muito religioso orava o dia inteiro, todos os dias. Seus vizinhos, que não eram tão devotos assim, pareciam serem mais abençoados do que ele. Ele não conseguia compreender o porquê. Para ele parecia que suas suplicas repetidas com tanta frequência, não eram atendidas, enquanto as dos outros eram. Pensamento este que se parece com quem da dinheiro todas as vezes que vai a uma igreja, a um templo, ou o dizimo. Alguns dizem Senhor sou fiel nos dízimos e nas ofertas, mas parece que o senhor não esta me escutando. Bem diante do pensamento do referido senhor de que sua preces não eram escutadas por Deus, ele resolve ir a um sacerdote e pedir lhe ajuda. O Sacerdote em sua oração noturna disse para Deus, o meu discípulo se dirige a Ti pedindo ajuda. Por que Tu Senhor não o escuta e realizas seus desejos? Disse o sacerdote. “Porque” respondeu Deus, Ele é um núdnic ( um chato) em hebraico. Ele não para de me perturbar. Calma e me desculpe. Não leve o que leu tão ao pé da letra. Deus obviamente não se aborrece com as pessoas que querem falar com ele. Mesmo que seja o tempo inteiro. No entanto, há uma verdade no que escrevi, pois o judaísmo reconhece que há momentos em que as pessoas oram, rezam, suplicam demais: quando elas depositam toda a sua confiança em Deus e usam isso como uma desculpa para sua própria privacidade. A partir de um trecho de um relato muito conhecido percebemos isso. O texto que li relatou uma idéia básica do pensamento judeu: quando os judeus deixaram o Egito, o exército egípcio perseguiu-os e os encurralaram entre o mar vermelho ou voltarem e morrerem. Como eles judeus não sabiam o que fazer diante disso, começaram a orar, rezar, seja lá como você queira chamar, e estavam desesperados ali e perdendo tempo. Deus volta-se para Moisés e diz: porque vocês estão clamando a mim? Vai lá, abra sua boca e diga ao povo que se mecham! O Midrásh o texto clássico que citei esclarece: Não era hora para orar, para rezar, para perder tempo. Ai você pode dizer é um louco, dizer que orar, suplicar é perda de tempo. Eu te digo por mais que seja estranho para você é sim perder tempo, não a suplica, mas a falta de inteligência, na procura da melhor maneira de agir. Não era hora para orações ou rezas longas. Os judeus sabem que quando estão com problemas, não devem esperar que Deus faça tudo por eles. Deus só ajuda a quem se ajuda. E preciso saber que a oração, a reza não substitui o esforço humano. Me vem a cabeça a fatos e atitudes de Napoleão, ele poderia nem acreditar em Deus, muito menos rezar, ou orar, na biografia dele não diz sua religião, mas estou certo de que ele nunca ouviu ou leu o Misdrásh, mas de alguma maneira ele era bastante inteligente para chegar a mesma conclusão: “Quando vocês lutarem” , disse ele a seus comandados lutem como se tudo dependesse de vocês. Talvez ele soubesse que aí alguns homens poderiam ir em frente e no espirito estarem dizendo: Meu Senhor Jesus vamos juntos. Mesmo assim um soldado de Napoleão lhe da uma última lição, vendo que estavam perdendo muitos homens no frente da batalha, ele manda um cavalheiro falar com o corneteiro para tocar o toque de recuar de recolher, só que o corneteiro só tocava para avançar, vai ver estava tocando e orando, rezando a soma dos esforços. Mas Napoleão irritado porque o seu comandado não o obedecia, subiu no seu próprio cavalo foi até ele e colocou a ponta de sua espada em sua garganta e lhe disse: “Eu não mandei tocar o toque de recolher, de voltar” o corneteiro olha para ele e diz: meu senhor em seu exercito e só aprendi o toque de avançar e perdi o medo de ir em frente. Napoleão guarda sua espada e diz, isso toque avante. O que acabo de narrar não é para colorir o texto, é a historia, e é assim que Napoleão vence a batalha. Talvez valha a pena ler a biografia dele e de outros Homens, até sugiro Dante Alighieri, suas obras, Jean- Paul Sartre.
Os judeus aprenderam a horar. Como? Quanto tempo? Quantas vezes?
Quantas vezes ao dia uma pessoa deve orar? Não ache você leitor que estou criando uma regra, estou falando da historia judaica. Os judeus dizem três vezes. A alma deve ser alimentada tanto quanto ao corpo, o corpo é feito de três partes. Ou você não passou em provas de ciências? E a primeira tem o nome de shacharit . Oração de Abraão. A segunda tem o nome de: minchá, oração de Isaac. A terceira de Jacó tem o nome arvit. Os nome das orações descritas são em hebraico. E as três sendo de manhã a tarde e a noite. Pela manhã os judeus oram a oração de Abraão. Porque Abraão orava pela manhã porque, assim como manhã, sua vida era cheia de brilho e alegria, apesar dos perrengues, uma palavra menos carregada para os que estão neste momento lendo. Ele Abraão ensinou que orar ou rezar é como fazer jorrar um estado de gratidão por todas as coisas que nós aproveitamos neste mundo. A tarde é a oração de Isaac, sua vida embora no início tenha sido ensolarada, tornou-se cada vez mais escura. Ele teve que passar por sofrimentos pessoais e assistir a um dos seus filhos, Esaú, desviar-se. Sua biografia poderia ser resumida a um pôr do sol. Não é coincidência que suas orações tenham sido a tarde, assim ensinando-nos que, mesmo quando as coisas começam a dar errado, não devemos perder o contato com Deus. A terceira de Jacó. Jacó teve, ao longo de praticamente todos os seus dias, uma vida repleta de dor. O que lhe daria o direito se quisesse de chama-la de “A noite” veja você que esta era a hora que os sobreviventes do holocausto oravam, e na lista de Schindler está definido mesmo com as escuridão da vida Jacó orava. A escuridão da vida não precisa nos levar-nos ao desespero total, ou mesmo a renúncia de nossa convicção em Deus como alguns fazem. Deus sabe sempre como nos portamos, o bom e que ele não liga para sua postura. Claro triste quando ele não nos cobra uma postura leal, como disse a Moisés diga ao povo cara. Vai lá fala. Quando ele liga e abre nossos olhos, nos oferece a oportunidade de acertarmos, ou só corrigirmos à rota. Falando em escuridão no aspecto de uma vida com dores e difícil, “um sobrevivente do holocausto teve uma de suas pernas decepada por um soldado alemão. Logo se pós a orar, ou rezar, o soldado que a decepou ajoelhou e lhe perguntou: você acha que rezando Deus vai te devolver a perna? Prontamente ele respondeu: Claro que não creio nesta possibilidade, estou rezando para que Deus me de forças para eu viver sem ela.
Bem para terminar pelo menos sobre este assunto eu lhe digo: Talvez você não saiba ou não creia, mas te digo Que até Deus ora, ou reza. É claro que ele não pede a ninguém misericórdia quando alguém o chama de segundo em segundo atoa. Rsrsrsrs, mas Ele o faz. E a oração D’ele é a seguinte: “Que a minha vontade seja que a Minha misericórdia supere a Minha ira, e que o meu amor supere a Minha severidade; que eu trate como Meus filhos com misericórdia e que Eu sempre lide com eles além da letra fria da lei. Eu acho que diante disso, nos poderemos dizer amém.
Amém?
Isaac Martins.
