A Educação no Brasil

O ato de ensinar e aprender, requer técnicas, que nem sempre são respeitadas. O resultado desse processo, aparece na deficiência do ensino e da aprendizagem.
A educação transforma os indivíduos, lhes abrindo oportunidades, para modificar para melhor o curso de suas vidas.
No entanto problemas de ordem orçamentária e financeira, enfrentados, nos estados da federação, como em Goiás, tem prejudicado a relação entre ensino e aprendizagem.
Para além dessas questões existem ainda problemas com raízes coloniais, que aprofundam no tempo as desigualdades sociais e regionais. Essas dificultam a presença de crianças e jovens, nas escolas, pois impõe aos cidadãos de baixa renda, uma única condição: trabalhar ou estudar. A ausência do primeiro, dificulta a conclusão do segundo, principalmente num período que se requer formação e conhecimento.
A alternativa para eles está em trabalhar para estudar. Essa condição os retira a possibilidade de concorrer de igual para igual com os alunos de alta renda, a vagas, nas universidades públicas. Há exceções? Há, mas são raras, o que acaba os jogando para as instituições da rede privada.
Na ânsia de buscar respostas, para os problemas decorrentes da falta de acesso, de populações de baixa renda, em boas escolas, os profissionais da educação, revisam teorias e lançam mão de paliativos, que não atendem as demandas dos que se encontram nessa situação.
Na tentativa de buscar culpados, os gestores públicos, nos três níveis de governo, acabam desenhando políticas de governo e não de Estado.
O maior problema desse tipo de política pública pública, está na descontinuidade dos programas educacionais, situação que coloca todo processo de ensino e aprendizagem, em risco.
Goiás, nos últimos anos, passou por uma série de mudanças, na tentativa de mudar esse conceito, no entanto o modelo de aprendizagem inclusiva, adotado pelo Ministério da Educação, acabou contribuindo para a precarizar, ainda mais o seu ensino, haja vista, que os alunos, não podem ser reprovados, retirando a autoridade dos professores e permitindo o avanço de quem pouco sabe.
A saída adotada pelo Estado, para modificar esse cenário, foi a criação de escolas militares, cuja: disciplina, ética, conteúdo e civismo, passaram a ganhar novos espaços.
O resultado favorável veio com: as notas boas, melhor desempenho, aprendizagem e na mudança de comportamento dos alunos, passando de baderneiros, para jovens responsáveis e interessados pela educação.
Na mesma linha e atentando para os problemas decorrentes das desigualdades sociais e regionais, foram criadas as escolas de tempo integral, beneficiando mais de vinte municípios no Estado.
A entrada do novo governo, permitiu uma nova revisão de conceitos. O deficit orçamentário e financeiro, apresentado no primeiro ano acabou dificultando a manutenção de pelo menos vinte dessas unidades escolares.
As justificativas para o fechamento, assentam nos custos operacionais elevados e na baixa quantidade de alunos, nessa unidades escolares do século XXI.
O Governo agiu corretamente? Pelo lado do equilíbrio fiscal e da otimização dos recursos sim. Quanto ao processo de aprendizado e a geração de novas oportunidades, dentro de um movimento de interiorização da educação, de qualidade, não.
O equilíbrio fiscal é importante, mas é preciso mudanças na aplicação dos 25% destinados a educação, pela Constituição Federal. Porque digo isso? Por que apesar da sua normatização, a educação no Brasil, continua apresentando problemas, houve um crescimento muito mais quantitativo do que qualitativo, como se esperava.
A saída para esse problema em nível nacional, passa por uma delimitação do percentual de 25%, nos pilares que compõe a educação, a saber: ensino, pesquisa, extensão, capacitação, valorização salarial do professor e infraestrutura.
No modelo atual, por razões que não cabem aqui tratar, grande parte dos gestores públicos investem esse recursos, na construção e reformas de escolas, deixando os outros pilares de lado.
Pelo já visto educação não se faz apenas com investimentos em infraestrutura é preciso disponibilizar recursos nos outros pilares, para que de fato a qualidade do ensino melhore em todo país.
As medidas tomadas pelo governo de Goiás, no momento, são importantes e necessárias para otimizar os recursos.
Os professores e alunos serão deslocados para unidades escolares distantes no máximo dois quilômetros de onde trabalhavam e estudavam, o que tende a não trazer transtornos, capazes de prejudicar o desempenho de ambos.
O tempo como o senhor da razão, mostrará se as medidas tomadas pelo governo, foram ou não satisfatórias. Não nos restam outras alternativas, senão aguardar e torcer para que a educação em Goiás, continue transformando a vida das pessoas para melhor.

Compartilhe seu amor
Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

Artigos: 18652