“O eleitor busca resultados concretos e Caiado entrega isso”, afirma marqueteiro da pré-campanha presidencial

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (26) à Rádio Difusora de Goiânia, o publicitário Paulo Vasconcelos, especialista em marketing político e responsável pela pré-campanha presidencial do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), destacou que o eleitorado brasileiro está priorizando ações práticas em vez de divisões ideológicas. Ele descreveu Caiado como “o governador mais destacado do Brasil” e enfatizou que seu histórico de gestão é o maior trunfo para as eleições de 2026.
“O eleitor quer ver entregas reais, algo que impacte positivamente sua vida cotidiana, e nisso Caiado se destaca com atributos sólidos”, comentou Vasconcelos. Com experiência em campanhas de figuras como Aécio Neves, Cláudio Castro e Eduardo Noman, o marqueteiro revelou que foi ele quem procurou Caiado para trabalhar na campanha, e não o oposto. “Admiro a abordagem dele para resolver questões. O país precisa de líderes com vivência, determinação e conquistas comprovadas”, explicou.

Preparação de materiais e foco no digital

Vasconcelos informou que a pré-campanha ainda está nos estágios iniciais. Nesta semana, ele iniciou as gravações das inserções partidárias do União Brasil, programadas para dezembro, com uma visão já voltada para o ano seguinte.
Ele observou que, até março, quando Caiado decidirá sobre sua filiação partidária, o panorama político ficará mais definido. “Hoje, as decisões políticas são influenciadas principalmente pelos líderes partidários, já que o financiamento privado não existe mais. Isso muda o foco das negociações. No entanto, Caiado é bem visto além de Goiás, em lugares como São Paulo e Minas Gerais, onde as pessoas o identificam”, pontuou.
Para expandir o reconhecimento nacional do governador, o marqueteiro aposta em investimentos na internet. “A mídia convencional não precisa dar espaço a pré-candidatos. A entrada principal é pela internet paga, não pela orgânica, e isso exige recursos adequados.”
Ele mencionou a pesquisa Atlas de outubro, na qual Caiado aparece com 15% das intenções, atribuindo esse número à influência digital. “É a internet que gera a primeira onda de exposição.”Acompanhe a entrevista na íntegra:
Jordevá Rosa: Como ocorreu sua contratação e qual é o foco atual da pré-campanha?
Paulo Vasconcelos: Estamos cumprindo etapas iniciais ainda este mês. O trabalho de Caiado e sua equipe é um dos mais impressionantes que vi no Brasil. Em dezembro, teremos inserções do União Brasil com ele como destaque. Vamos gravar na próxima semana, já pensando em 2025. Depois, vem o período de festas e férias, e a política volta a esquentar só em janeiro.
Isadora Picolo: A concorrência de outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas, pode afetar Caiado?
Paulo: Não. Ele prosseguirá de forma independente. Vocês têm o melhor governador do país, sem dúvida. Atuo nisso há 40 anos e posso afirmar: não fui chamado; eu pedi para trabalhar com ele. Gosto de sua plataforma e de como ele encara os desafios. O Brasil precisa de experiência e ousadia.
Vassil Oliveira: Como superar o desafio de se tornar conhecido em todo o país?
Paulo: Existem duas frentes principais: a mídia de massa, como rádio e TV, que não são obrigadas a cobrir pré-candidatos, e a internet impulsionada, que é o caminho inicial para alcançar o eleitor. A pesquisa Atlas de outubro mostrou Caiado com 15%, e isso reflete o impacto da rede.
Jordevá Rosa: Goiás é referência em segurança pública, ao contrário de outros estados como Rio, Bahia e São Paulo. Como vocês planejam destacar isso nacionalmente?
Paulo: A sociedade ainda não se concentrou nas opções que oferecem resultados reais e esperança. Vivemos um momento único, com a prisão do ex-presidente Bolsonaro distraindo o foco do que realmente importa ao eleitor. As eleições de 2026 terão influência de Bolsonaro, mas não decisiva, como já se viu em disputas recentes. Recomendei em campanhas passadas evitar associações diretas. O eleitor agora quer saber o que o candidato pode entregar para melhorar sua vida, e Caiado é forte nisso. Comparado a Tarcísio, por exemplo, como está a segurança em São Paulo? Podemos debater isso sem precisar de muito tempo de TV, usando fatos como provas tomadas pelo PCC.
Vassil: O apoio do Centrão a Tarcísio representa um obstáculo?
Paulo: É um desafio, sim. Mas Caiado se articula bem. A pré-campanha é bancada pelo União Brasil até março, quando ele decide sobre o partido. Ele é admirado fora de Goiás – andei com ele em São Paulo e Minas, e as pessoas o reconhecem, mesmo que não lembrem o nome imediatamente.
Jordevá: Caiado deve se aproximar ou se afastar da imagem de Bolsonaro?
Paulo: Ele nunca dependeu de Bolsonaro para seu sucesso. Sempre manteve independência. Defende uma anistia parcial e se conecta com o eleitorado raiz, que representa 15% a 20%. Como candidato de direita, dialoga com esse grupo, mas vai além, diferentemente de Tarcísio.
Vassil: Uma mudança de partido poderia reduzir o tempo de TV e inviabilizar a campanha?
Paulo: Seria lamentável, pois adoro TV e rádio, mas não inviabiliza. Já fiz campanha com apenas 28 segundos por dia em Belo Horizonte. Para presidente é diferente, mas com dois minutos dá para impactar.
Isadora: Como fazer Caiado conhecido pelo cidadão comum em outros estados?
Paulo: Primeiro, acompanhando sua rotina intensa: ele acorda cedo, dá entrevistas e toma decisões o dia todo. O plano é usar internet impulsionada, conceder entrevistas e viajar. Ninguém será amplamente conhecido antes da campanha oficial. Mas, quando o eleitor avaliar três ou quatro nomes, Caiado estará lá. Depois vêm debates e visibilidade.
Jordevá: Obrigado pela entrevista. Podemos contar com você novamente?
Paulo: Com certeza. Foi minha primeira entrevista na pré-campanha, não vou esquecer. Começar no rádio é sempre memorável.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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