Megaoperação Policial no Rio: 64 Mortos e 81 Presos em Ofensiva Contra o Comando Vermelho

Na terça-feira, 28 de outubro, uma grande operação policial foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, levando o governo estadual a colocar todas as forças de segurança em estado de alerta máximo. Isso permite que policiais civis e militares sejam convocados imediatamente para novas intervenções, em resposta a possíveis retaliações do Comando Vermelho.

A ação resultou em 81 prisões de suspeitos e 64 mortes registradas. Infelizmente, quatro agentes de segurança também perderam a vida nos confrontos: dois da Polícia Civil e dois da Polícia Militar. Como consequência, o alerta foi elevado em todo o estado.
A operação iniciou-se ao nascer do dia, com moradores sendo acordados por tiros intensos.

Traficantes atearam fogo em barricadas, gerando fumaça densa e obstruindo vias. Apesar disso, aproximadamente 2.500 agentes prosseguiram, visando executar 51 mandados de prisão contra líderes do tráfico na região da Penha.

O esforço contou com o suporte da Core (da Polícia Civil), do Bope (da Polícia Militar) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio. Um dos presos notáveis foi Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”, identificado como chefe do tráfico no Morro do Quitungo e envolvido em conflitos armados com grupos rivais.

Em uma coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro (PL) criticou a falta de apoio federal, afirmando que o Rio combate o crime organizado isoladamente. Ele mencionou que, diferentemente de 2010, quando houve colaboração nacional, atualmente o estado não recebe assistência adequada do governo central.

Castro revelou que pediu empréstimo de veículos blindados, mas teve três pedidos negados. De acordo com ele, o governo federal condiciona o envio à aprovação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que não conta com o aval do presidente.

“O estado cumpre seu dever, mas estamos além de nossas capacidades. É essencial uma maior integração com as forças federais”, enfatizou Castro, descrevendo a operação como a maior já realizada na história do Rio de Janeiro.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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