
BOM DIA!
O Filho de Deus assumiu a forma humana. Viveu entre nós em perfeita santidade, numa vida de completa entrega e abnegação. Contudo, em toda essa jornada foi rejeitado e desprezado. Conhecido como “homem de dores”, experimentou o peso do sofrimento como nenhum outro. Seus inimigos eram muitos; seus amigos, poucos — e até esses poucos, mostraram-se frágeis e infiéis.
Foi entregue às mãos dos que o odiavam. Preso enquanto orava, levado diante de tribunais injustos, humilhado com zombarias, despido de sua dignidade. Colocado em um falso trono para ser escarnecido e depois amarrado com crueldade à coluna da tortura. Declarado inocente, mas ainda assim condenado pelo juiz que deveria defendê-lo. Arrastado pelas ruas de Jerusalém — a mesma cidade que matara os profetas e agora tingiria suas pedras com o sangue do Mestre dos profetas.
Conduzido ao Gólgota, foi pregado no madeiro cruel. O sol queimava seu corpo, a febre se intensificava com as feridas abertas. Até o céu pareceu abandoná-lo. De seus lábios ecoou o brado angustiante: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Nesse clamor estava condensada a dor de toda a humanidade.
Ali, suspenso entre o céu e a terra, lutava contra o pecado e contra Satanás. Seu coração partido, seus membros deslocados. O sol se ocultou, a escuridão cobriu a terra. Seus discípulos fugiram, e ele permaneceu absolutamente só. Não havia ninguém para socorrê-lo, nenhum ombro para dividir sua carga. Ele pisava sozinho o lagar da ira. Ainda assim, perseverou até a última gota do cálice, decidido a cumprir a vontade de seu Pai.
E então, no auge do sacrifício, ergueu a voz e declarou: “Está consumado!”. Entregou o espírito, mas suas palavras ecoaram como o maior grito de vitória da história.
Esse brado consolidou o céu, abalou os alicerces do inferno, trouxe consolo à terra, alegrou o coração do Pai, glorificou o Filho, trouxe o Espírito Santo e selou, de uma vez por todas, a eterna aliança de Deus com seu povo escolhido.