
Hoje, o povo judeu celebra o Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, marcando o início do ano 5786 no calendário hebraico. Diferente do calendário ocidental, que começa em janeiro, o judaico é baseado nos ciclos lunares e conta os anos desde a criação do mundo, segundo a tradição bíblica.
Mas o Rosh Hashaná vai muito além da simples troca de datas. Conhecido também como a Festa das Trombetas, é citado em Levítico 23:23-25, quando Deus ordena que o primeiro dia do mês de Tishrei seja um tempo de descanso e convocação solene, marcado pelo som do shofar (chifre de carneiro).
Esse som ecoa como um chamado à reflexão, arrependimento e renovação. A tradição ensina que nesse período Deus inicia o julgamento do mundo, e os dez dias seguintes, até o Yom Kippur (Dia da Expiação), são vistos como uma oportunidade para rever escolhas, buscar perdão e recomeçar.
🍯 Os símbolos da mesa de Rosh Hashaná
Durante a celebração, é costume comer maçã mergulhada no mel, pedindo a Deus que o novo ano seja doce e abençoado. A maçã representa a vida e a criação, enquanto o mel simboliza suavidade e alegria para o futuro.
A romã também é tradicional: seus inúmeros caroços são um desejo de que as boas ações e bênçãos sejam igualmente numerosas. Há ainda quem a relacione aos 613 mandamentos da Torá, fazendo dela um símbolo de obediência e fertilidade espiritual.
✨ O que essa celebração nos inspira?
Mesmo para quem não segue o calendário judaico, o Rosh Hashaná traz uma mensagem universal: sempre é tempo de recomeçar. É a oportunidade de deixar para trás o que passou, refazer caminhos, perdoar, transformar atitudes e plantar novos frutos.
Que o ano 5786 seja marcado por renovação, fé e abundância para todos nós.