Dia Mundial da Alfabetização ressalta a importância do acesso ao ensino básico

Data é celebrada por Instituto filantrópico que oferece aulas de reforço escolar para gerar impacto social

O Dia Mundial da Alfabetização foi criado em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data busca ressaltar de forma global a relevância social e econômica da alfabetização para indivíduos de todo o planeta. Essa fase e o posterior letramento é a base da educação, que é um direito fundamental de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No entanto, o acesso ao ensino básico de qualidade ainda é uma realidade distante para muitas pessoas.

Infelizmente, cerca de 617 milhões de jovens no mundo não conseguem ler ou fazer contas simples de matemática, mesmo que dois terços deles tenham frequentado ou estejam frequentando a escola. Por isso, a ONU colocou como um de seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a Educação de qualidade, que é o ODS de número 4.

No Brasil, a situação tem melhorado nos últimos anos. A taxa de alfabetização já atingiu 93% da população. O Censo 2022 revelou que a taxa de analfabetismo caiu de 9,6% para 7,0% ao longo de 12 anos. No entanto, a persistência das desigualdades ainda representa um grande desafio para a alfabetização no Brasil. Regiões como o Norte e o Nordeste, por exemplo, apresentam taxas de analfabetismo mais elevadas. Além disso, segundo o Ministério da Educação (MEC), apenas 56% das crianças brasileiras estão alfabetizadas até os 8 anos, o que aponta para a urgência de melhorar a qualidade do ensino básico.

Iniciativas de reforço

Com o objetivo de reforçar esse ensino tão fundamental, diversas instituições têm se dedicado a complementar a educação na fase da alfabetização. Uma delas é o IHebrom, uma entidade de filantropia, inovação e transformação social sem fins lucrativos. Localizado em Aparecida de Goiânia, o Instituto oferece aulas de reforço aos seus alunos, além de treinamentos esportivos e de programação e robótica.

O IHebrom atende mais de 350 crianças em suas atividades e fornece reforço escolar para 36 delas. Tudo isso de forma gratuita. “As aulas de reforço escolar do instituto são objetivas, lúdicas e focadas nos conteúdos que já foram ensinados na escola. O objetivo é reforçar o que foi aprendido, esclarecer dúvidas que ficaram e, quando necessário, reapresentar os conteúdos com uma linguagem mais acessível e adaptada à realidade do aluno”, afirma Marcius Cambuí, diretor executivo do instituto.

Muitas das crianças que recebem o reforço estão em fase de alfabetização, o que reforça a importância desse trabalho. De acordo com Marcius, “Grande parte dos alunos atendidos está na fase de alfabetização e letramento. Por isso, as aulas são planejadas com foco no desenvolvimento das habilidades fundamentais de leitura e escrita, respeitando o ritmo de cada criança. O reforço busca apoiar o processo iniciado na escola, ajudando o aluno a superar sua dificuldade e avançar com mais segurança nessa nova etapa tão importante.”

Anna Karollyni, uma das profissionais de educação do IHebrom, tem sido testemunha da diferença que o ensino tem feito na vida das crianças. “As aulas de reforço tem um impacto muito positivo na vida dos alunos. Elas ajudam a recuperar conteúdos que não foram compreendidos na escola, fortalece a autoestima e estimula o interesse pelo estudo”, confirma.

Os reforços não apenas aumentam o conhecimento dos pequenos, mas também os ajuda a ter mais desenvoltura e confiança. “Acompanho, por exemplo, um aluno do 7º ano que, no início, tinha muita dificuldade de leitura, além de ser muito tímido e retraído. Com o tempo e o apoio das aulas de reforço, ele se tornou um aluno mais confiante, pois passou a ler frases completas, demonstrar mais atenção nas aulas e expressar com clareza quando não entende algo ou quando algo o incomoda”, contou Anna Karollyni.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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