
A água rompe a rocha, não pela força, mas pela constância.
E há poesia nesse encontro entre o suave e o duro, o fluido e o inquebrável. A rocha, firme, parece eterna; a água, leve, parece passageira. Mas é no tempo — esse grande escultor invisível — que a verdade se revela: o que parece frágil vence, não com violência, mas com paciência.
Assim também é a vida. Quantas vezes os obstáculos se levantam diante de nós como muralhas de pedra? Quantas vezes nos sentimos pequenos diante daquilo que julgamos impossível de superar? É nesse instante que precisamos lembrar da água: não é preciso quebrar tudo de uma vez, nem ter a força de um trovão. Basta seguir, gota a gota, dia após dia, acreditando que cada gesto, cada passo, cada esforço silencioso tem poder de transformação.
A constância é uma forma de amor: amor pelo caminho, pela esperança, por nós mesmos. É ela que nos ensina a não desistir quando os resultados não aparecem de imediato. É ela que sussurra que mesmo o impossível pode ser moldado quando a alma insiste em fluir.
Seja como a água. Permita-se ser leve, mas firme; suave, mas incansável. Pois o que realmente transforma o mundo não é a pressa da força, mas a delicadeza da persistência.
Excelente domingo a todos!
Alan Ribeiro – Seu melhor amigo!