
Há exatos 2.381 anos, nascia aquele que a história consagraria como Alexandre, o Grande. Um nome que ecoa pelos séculos com força quase mítica, não apenas pela imensidão de suas conquistas, mas pela intensidade com que viveu, sonhou e moldou o mundo ao seu redor. Filho do rei Filipe II da Macedônia e aluno do filósofo Aristóteles, Alexandre não foi apenas um guerreiro, mas um estrategista brilhante, um líder carismático e um visionário à frente do seu tempo.
Em apenas 13 anos, liderou mais de 20 campanhas militares — e venceu todas. Sem jamais ter sido derrotado em batalha, ele redefiniu os limites do mundo conhecido ao conquistar um território que se estendia da Grécia até as margens do rio Indo, na atual Índia. Eram mais de 10 mil quilômetros de extensão: o equivalente a atravessar o Brasil de Norte a Sul quatro vezes consecutivas. Para a época, isso era inimaginável — e mesmo hoje, continua sendo um feito assombroso.
Mas o que torna Alexandre verdadeiramente grande não são apenas os mapas redesenhados por suas conquistas, e sim a profundidade de sua ambição. Ele não buscava apenas expandir um império, mas fundir culturas, espalhar o conhecimento e abrir caminhos entre o Ocidente e o Oriente. Por onde passava, fundava cidades — como Alexandria, no Egito — e incentivava a troca entre os povos, promovendo o que mais tarde seria chamado de helenismo: a fusão entre a cultura grega e os costumes orientais.
Curiosamente, o homem que dominou meio mundo media apenas 1,63m de altura. Baixo até mesmo para os padrões da época, o “pequeno Alex Magno”, como poderia ser apelidado hoje, nos ensina uma verdade eterna: a grandeza não está na estatura física, mas na grandiosidade da mente, na coragem do espírito e na profundidade da visão.
Alexandre morreu jovem, aos 32 anos, deixando um legado que nenhuma espada ou império conseguiu apagar. Sua morte prematura fragmentou seu reino, mas sua lenda jamais se quebrou. O mundo que ele conquistou foi transformado — e, em muitos aspectos, permanece moldado por ele até hoje.
Celebrar Alexandre, o Grande, é render homenagem à ousadia que desafia limites, ao intelecto que guia a força e à liderança que inspira gerações. Um homem, um rei, um mito — e, sobretudo, o maior conquistador de todos os tempos.