
Às vezes, quem muda o rumo de uma história não é quem está no centro dos holofotes, mas alguém invisível aos olhos do mundo.
Naamã era um grande general sírio. Tinha fama, poder e prestígio — mas estava doente. E quem apontou o caminho da sua cura? Não foi outro guerreiro, nem um profeta famoso de início, mas uma menina — uma simples serva, sem nome conhecido, levada à força de sua terra natal.
Talvez os pais dela tivessem sonhado com um futuro brilhante: que ela estudasse, fizesse carreira, quem sabe até se tornasse alguém famosa. Mas, de repente, tudo mudou. Ela foi arrancada de casa, colocada como escrava em terra estrangeira, lavando pratos na casa de um poderoso.
O impressionante é que, mesmo ferida e injustiçada, essa menina não perdeu sua nobreza. Na primeira chance que teve, não falou de ódio, mas de esperança. Indicou o caminho da cura, levando o general à casa do profeta Eliseu. Ela não deixou a dor apagar a fé que carregava.
Essa é a essência de quem sabe quem é: pode estar em qualquer lugar, vestindo qualquer roupa, passando por qualquer luta, mas não perde a grandeza que carrega dentro de si.
O mundo tenta fazer o príncipe pensar como escravo. Mas o Evangelho faz o contrário: lembra ao escravo que, em Deus, ele é filho, herdeiro, príncipe.
Que a gente nunca se esqueça: não é a posição que define a nossa essência, é a nossa essência que transforma qualquer posição.
— Alan Ribeiro, para a Coluna Mensagem do Alan