
Vivemos tempos em que o espelho parece ser mais consultado do que o coração. Tempos em que se fala muito, mas se escuta pouco. Onde muitos estão preocupados demais com a própria imagem, os próprios problemas, os próprios desejos… e esquecem que o mundo não gira em torno de si.
“Não olhe para o seu umbigo, olhe para os outros” é mais que um conselho — é uma chave que abre portas para uma vida mais significativa, mais humana, mais leve.
Quantas vezes, ao nos voltarmos apenas para dentro, deixamos de perceber a dor ao lado? Quantas vezes, ao focarmos apenas em nossas perdas, esquecemos que alguém ali, bem perto, perdeu muito mais? Há um poder silencioso no ato de enxergar o outro. Um gesto de bondade, um ouvido atento, um abraço sem pressa — tudo isso pode ser milagre na vida de alguém.
Cuidar do outro não significa esquecer de si, mas entender que só somos plenos quando nos reconhecemos no olhar do próximo. É na empatia que nos tornamos grandes. É na compaixão que construímos pontes. É na doação que encontramos sentido.
Olhar para os outros com amor é lição de humanidade. É um chamado divino. É um lembrete de que, neste mundo passageiro, o que realmente fica é o bem que espalhamos.
Por isso, que neste dia — e em todos os outros — você possa levantar os olhos do próprio umbigo e ver ao redor: há vidas esperando por um gesto seu. Há corações famintos de afeto. Há batalhas invisíveis sendo travadas por quem caminha ao seu lado.
Escolha ser farol. Escolha ser colo. Escolha ser presença.
Porque no final das contas, o que nos salva mesmo… é o amor que damos.
Alan Ribeiro
Coluna Mensagem do Alan