
No coração da ciência e da consciência global, existe um relógio que não mede horas, minutos ou segundos. Ele não marca o tempo de forma convencional, mas sim a proximidade da humanidade com a sua própria destruição. Este é o Relógio do Fim do Mundo (Doomsday Clock, em inglês), uma metáfora poderosa criada em 1947 pelos cientistas do Bulletin of the Atomic Scientists.
O relógio foi concebido no contexto pós-Segunda Guerra Mundial, quando o mundo testemunhou o poder devastador das armas nucleares. Desde então, ele serve como um alerta sobre os perigos que ameaçam a existência humana, desde a guerra nuclear até as mudanças climáticas e, mais recentemente, os riscos biológicos e tecnológicos.
A cada ano, o Bulletin ajusta os ponteiros do relógio com base nas ameaças atuais. Em 2023, o relógio foi definido para 90 segundos para a meia-noite, o mais próximo que já esteve do “fim do mundo” em sua história. Esse ajuste reflete a crescente instabilidade geopolítica, a crise climática acelerada e os riscos de pandemias e tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial descontrolada.
Mas o que isso significa para nós, cidadãos comuns? O Relógio do Fim do Mundo não é apenas um aviso para governantes e cientistas; é um chamado à ação para todos. Ele nos lembra que as decisões que tomamos hoje — como consumimos, como votamos, como nos engajamos com as questões globais — têm consequências profundas no futuro do planeta.
A boa notícia é que o relógio não é uma sentença imutável. Ele já retrocedeu no passado, como durante o fim da Guerra Fria, quando a cooperação internacional reduziu o risco de um conflito nuclear. Isso prova que a humanidade tem a capacidade de mudar seu curso, mas apenas se agir com urgência e união.
Neste momento crítico, precisamos refletir sobre nosso papel na preservação do planeta e na construção de um futuro mais seguro. O Relógio do Fim do Mundo não é apenas um símbolo de medo; é um convite à esperança e à responsabilidade coletiva.
No Blog do Alan Ribeiro, acreditamos que a conscientização é o primeiro passo para a mudança. E você, o que está fazendo para ajudar a “atrasar” o relógio?
Juntos, podemos fazer a diferença.
Referência: Bulletin of the Atomic Scientists (https://thebulletin.org/doomsday-clock/)