Um dia, em um aeroporto, comprei um livro e também um pacote de biscoitos e me sentei em uma poltrona, numa parte reservada do aeroporto, para aguardar meu voo.
Uma mulher sentou-se ao meu lado, deixando uma poltrona vazia entre nós.
Então, ela pegou o pacote de biscoitos, abriu e começou a comer.
Me senti incomodado, mas não disse nada, apenas peguei um biscoito também. Ela pegou mais um e pensei: “mas que cara de pau”! Comendo meus biscoitos sem pedir.
A cada biscoito que ela pegava, eu também pegava um.
Quando restava apenas um biscoito, ela dividiu o biscoito ao meio e ofereceu a outra metade para mim. Achei um absurdo.
Naquele momento, o voo dela foi anunciado. Ela sorriu e se foi. Quando chamaram meu voo, levantei-me e, quando fui pegar minhas coisas, vi o pacote de biscoitos embaixo do casaco.
Senti vergonha, pois quem estava errado o tempo todo era eu, e já não havia mais tempo de pedir desculpas.
A mulher, gentilmente, dividiu os biscoitos dela sem se sentir indignada. Quantas vezes em nossa vida, nós é que estamos comendo os biscoitos dos outros e não temos consciência de que quem está errado somos nós. (Autor Desconhecido)