
*Ana Paula de Araújo Rezende Machado Craveiro
Nos últimos dias acompanhei, confesso que surpresa, que entidades ligadas ao agronegócio se posicionaram contrárias ao projeto do governador Ronaldo Caiado de criar uma contribuição para que o setor ajude a financiar os investimentos na infraestrutura de Goiás. Como empresária do agro, me senti no direito de participar deste debate.
Todos sabem, o governador busca com essa iniciativa recompor o caixa do Estado, bastante prejudicado pela interferência de políticas de cunho eleitoreiro – a estimativa de perda de arrecadação é superior a R$ 4 bilhões com ICMS somente em 2023. Não é demais lembrar que o governador Ronaldo Caiado herdou o Estado com as finanças destruídas e realizou um minucioso trabalho de recuperação das contas públicas.
Aprendi, convivendo de perto com meu pai, que governos precisam assegurar recursos para o financiamento das despesas de gestão. Sem uma arrecadação justa, é impossível fazer frente às necessidades da população, sobretudo da mais vulnerável. Mas também para pavimentação, manutenção de rodovias, construção de pontes, enfim, de toda a infraestrutura necessária para o próprio setor produtivo.
Nesse cenário, o chamado do governador ao setor rural goiano é para caminharmos juntos em nome do bem comum. De forma democrática, ele tem levado a cada entidade a mensagem de que o futuro de Goiás depende do agronegócio, setor que sempre recebeu diversos incentivos em pesquisa, extensão e linhas de crédito. E nenhum político levantou mais a bandeira do agro (e angariou conquistas) que Ronaldo Caiado nas últimas décadas, sobretudo quando o segmento era alvo até de preconceito.
Hoje o setor é força motriz da economia goiana e um dos que melhor atravessou o período de pandemia de Covid-19. E não se trata apenas de taxar. O que está na mesa é um modelo inédito de gestão de recursos públicos, pois o valor arrecadado irá para um fundo gerido em forma de parceria com representantes do agro. Vale lembrar que em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo, existem fundos semelhantes há mais de 20 anos. Nos dois Estados, a administração pública conta com apoio do segmento.
Em Goiás, mantenho a esperança que o agronegócio também esteja disposto a somar esforços com o governador diante do grande desafio que é a manutenção de direitos básicos e do compromisso com a parcela mais vulnerável do povo goiano. A seriedade e a credibilidade da gestão Ronaldo Caiado reforçam a importância dessa parceria ir adiante. Governador, conte comigo!
Ana Paula Rezende Machado Craveiro
Advogada e produtora rural