
O Jornal Opção publicou um excelente artigo que faço questão de republicar, só fiz um novo título:
Políticos voluntaristas costumam forçar a história e, por isso, são atropelados de maneira incontornável. Parece ser o caso de Gustavo Mendanha, candidato do Patriota a governador de Goiás.
Por não examinar as pesquisas de intenção de voto e as pesquisas qualitativas com o devido cuidado, Mendanha não percebeu que, em Goiás, não há sentimento de mudança.
Portanto, enfrentar um peso-pesado como o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, muito bem avaliado pessoalmente e como gestor, era e é uma temeridade — que o jovem político de Aparecida, por falta de aconselhamento de políticos experimentados, não soube avaliar.
O que se está percebendo, neste momento, é que Mendanha não está conseguindo se colocar na política do Estado, ou seja, permanece ignorado na maioria dos municípios. O que teria sido inteligente e pragmático?
Disputar mandato de deputado federal, conquistar uma boa votação e circular pelo Estado, entre 2023 e 2026, como um político municipalista.
Em 2028, se tivesse sido eleito parlamentar em 2022, poderia disputar a Prefeitura de Goiânia. Assim, aos poucos, poderia ir se colocando na política do Estado.
Porém, ao forçar a história, tentando furar a “fila” — e trabalhando contra Daniel Vilela, o filho do político, Maguito Vilela, que abriu espaço para ele crescer —, o ex-prefeito tende, possivelmente, a voltar para o fim da dela.
Observe-se que, como candidato a governador, Mendanha faz uma campanha como se fosse candidato, pela terceira vez, a prefeito de Aparecida. Note-se que sempre está às voltas com as picuinhas da cidade, envolvendo-se em guerrinhas de vereadores e tentando resolver pendengas entre o prefeito Vilmar Mariano e o secretário da Fazenda, André Luis Rosa — que, de acordo com o marianistas, age como se fosse o “primeiro-ministro” ou segundo prefeito do município.