A pandemia instalada no mundo com efeitos nefastos para as famílias e também á economia, infelizmente não atingiu o seu ápice.
Por um lado continua contaminando e ceifando vidas, por outro quebrando empresas e trazendo sérios transtornos á seus proprietários e também aos trabalhadores, que delas dependem para sobreviver.
Os governantes na ânsia de conter o avanço dos vírus, tem errado mais do que acertado, se assim não fosse, o comprometimento das UTIS, em todo o país, não estava em 100%, com pessoas morrendo nas filas de espera.
Goiânia, nesse final de semana aguardavam na fila mais de 290 pessoas, muitas em estado grave.
Pelo jeito não há falta de recursos, o governo federal, tem cumprido as determinações do STF, e passado valores consideráveis aos Estados e Municípios.
O maior problema enfrentado pelos municípios, está na falta de profissionais de saúde, para a abertura de novos leitos de UTI. Não basta ter o espaço e máquinas, necessita de profissionais capacitados.
Se na saúde a situação está complicada, na economia nem se fala.
A manutenção da atividade econômica fechada, por tempo indeterminado, provocará o fechamento definitivo de muitas empresas, pois nem todas conseguem sobreviver sem o movimento do dia a dia.
As plataformas digitais ajudam na comercialização de produtos e/ou mercadorias, mas nem todos tem esses recursos e muito menos os consumidores, sabem manuseia-las, para atender suas necessidades.
O resultado tem sido quedas de até 70% no faturamento, sem deixar de mencionar os que não tem como utilizá-las, cito academias e espaços para eventos de toda ordem. Seus proprietários investiram e tem as contas á pagar. Fechados não conseguem, colocando em xeque também a manutenção dos trabalhadores.
Diante do cenário e pelo fato das últimas medidas não terem dado resultados positivos, sugiro as autoridades competentes a adoção bem sucedida do modelo de Israel. Praticado com sucesso em Aparecida dê Goiânia, no ano passado e que voltou a ser aplicado hoje.
Como funciona? O fechamento por bairros, num sistema de rodízio semanal, acompanhado de testagem, para identificar os focos de contaminações, podendo assim isola-los, evitando com isso a propagação do vírus.
O modelo prevê o início pelo bairro, onde a contaminação for maior. Nesse fecha tudo o que é e o que não é essencial. Finalizada a semana, abre e passa para outro bairro, sempre com ênfase ao número de contaminações.
O modelo em tela preserva a saúde, vidas e a economia, uma vez que a falta de recursos também mata, pois ver os filhos sem alimentos, leva o pai de família a roubar e/ou a um estado depressivo seguido de morte.
A COVID – 19 e suas mutações matam, mas o fechamento da atividade econômica, também diante do quadro é necessário equilibrar saúde com economia.
A metodologia sugerida implica também num processo de fiscalização efetiva, com punições severas (multas e interdições) para os que descumprirem as determinações constantes nos decretos.
Não basta o poderes públicos (Federal, Estadual e Municipal) fazerem suas partes, se a população, não cumprir sua, tudo poderá ser em vão, o momento é gravíssimo e todos precisam cooperar, para que novas vidas não sejam perdidas.
Júlio Paschoal
Economista e Professor da UEG