
Por Alan Ribeiro
Editor do Blog do Alan Ribeiro
Uma série de áudios e mensagens enviados nos últimos dias por compradores do Loteamento Buritis expõe um cenário de profunda insatisfação, desgaste emocional e preocupação diante do prolongado atraso nas obras, da ausência de respostas concretas e da falta de um cronograma realista para a conclusão do empreendimento.
Entre os compradores, destaca-se o posicionamento firme de um investidor que adquiriu cinco lotes, quitou todas as parcelas e demonstra, desde o início, disposição para o diálogo, para a solução consensual e para um relacionamento transparente — algo que, segundo ele, jamais recebeu por parte da empresa responsável.
A visão dos compradores: respeito e clareza já deveriam existir
O comprador relata ter buscado conversas equilibradas, formais e respeitosas, sempre aberto ao entendimento. Entretanto, o cenário descrito é totalmente diferente:
Falta de respostas por parte dos representantes do loteamento;
Ausência completa de um cronograma de obras;
Informações vagas e promessas não cumpridas;
Atrasos sucessivos, que ultrapassam anos;
Desgaste emocional e financeiro de quem já investiu em projetos, arquitetos e sonhos;
Sensação de abandono por parte da empresa.
Ele reforça que não se trata de um desentendimento pessoal, mas sim de um problema institucional, que envolve metodologia, transparência e responsabilidade empresarial. O comprador foi claro: a compradores não pode ser confundida com ingenuidade.
“A credibilidade acabou”, afirma. E, na visão dele — uma visão compartilhada por diversos outros compradores — o empreendimento já não pode mais ser conduzido apenas por conversas informais. O momento é de postura, seriedade e, se necessário, judicialização.

Contradições e lentidão: justificativas não convencem mais
A versão apresentada pelo responsável do loteamento cita entraves com projetos, licenças ambientais e liberações de energia. Porém, segundo os compradores, esses argumentos se repetem, sem evolução real.
Um ponto levantado com contundência foi a comparação com outro empreendimento regional, muito maior, que ficou pronto em dois meses, evidenciando que, quando há planejamento e comprometimento, a obra anda — mesmo com burocracia, clima e desafios técnicos.
A pergunta que incomoda os compradores é simples e legítima:
Por que no Loteamento Buritis nada avança?
Caminho jurídico: compradores se organizam
Diante da falta de respostas, um dos compradores informou que:
Já acionou seu advogado,
Já montou equipe técnica,
Está disposto inclusive a comprar os lotes de quem desistir — o que mostra sua confiança no potencial do empreendimento, desde que a obra realmente seja entregue,
E deu um último aviso: ou há reunião formal, com representantes técnicos e jurídicos de ambas as partes, ou o caso será levado à Justiça.
A proposta é clara:
Uma mesa de negociação séria, com pessoas habilitadas, responsabilidades definidas e resultados práticos.
Caso contrário, a via judicial será inevitável.
O apelo final: compromisso, honestidade e respeito
Os compradores fazem um apelo que vai além da burocracia: pedem respeito.
Pedem que o empreendedor cumpra aquilo que foi prometido, aquilo que foi escrito no contrato e aquilo que é esperado de qualquer empresa séria.
O investidor que lidera o movimento deixa uma mensagem que simboliza o sentimento de todos:
“O Brasil precisa de honestidade, diálogo e responsabilidade.
Nós cumprimos a nossa parte. Agora, queremos que cumpram a deles.”
Enquanto isso, o clima é de incerteza, preocupação e cansaço.
Mas também de união, força e disposição para lutar pelos direitos que lhes pertencem.
O Blog do Alan Ribeiro seguirá acompanhando o caso de perto, dando voz a quem investiu seu dinheiro, seu tempo e seus sonhos — e que agora exige o mínimo: respeito e solução.
Como recomenda o bom jornalismo o Blog está a disposição para o direito de resposta.
As imagens que ilustram essa matéria foram feitas na tarde de sexta-feira dia 5 de dezembro de 2025.*



