
Fique longe de pessoas amargas… não por soberba ou rejeição, mas por amor — por amor a você e, muitas vezes, até por amor a elas. A amargura é uma febre silenciosa: entra pelos olhos, pesa no peito, rouba a cor dos dias e faz secar até os afetos mais bonitos.
Há quem tenha se acostumado a enxergar só o pior, quem transforme carinho em desconfiança, quem ironize o amor porque já não acredita mais no próprio. Essas pessoas carregam um tipo de cansaço que não passa com descanso, uma dor que não admite cura porque não querem olhar para ela.
Você pode sentir compaixão, pode até amar, mas não precisa se submeter ao peso que o outro insiste em carregar. Às vezes, cuidar de alguém é justamente manter distância para que sua própria luz não se apague. Proteger-se não é egoísmo — é maturidade.
A sua leveza não foi conquistada em um passe de mágica; ela custou luta, cura, noites difíceis e dias de recomeço. Não entregue essa paz a ambientes que insistem em ser escuros.
Quem não suporta doçura vai sempre dizer que você exagera. E tudo bem. Você não nasceu para diminuir seu brilho, nem para tentar salvar quem ainda não deseja mudar.
Sua missão é honrar a luz que você levou anos para reconstruir — e mantê-la acesa, mesmo que isso signifique caminhar um pouco mais longe de quem não está pronto para enxergar.



