
A humildade é o terreno fértil onde florescem a sabedoria e a paz interior. Quando deixamos de lado a vaidade e reconhecemos nossos limites, abrimos espaço para o aprendizado e para a verdadeira grandeza — aquela que não se mede por títulos, poder ou prestígio, mas pela serenidade de quem sabe seu lugar diante de Deus.
O salmista já dizia: “Senhor, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas maravilhosas demais para mim.” (Salmo 131:1). Essa atitude revela uma alma madura, que aprendeu a caminhar com simplicidade, sem se deixar cegar pela ambição ou pela soberba.
A visão míope sobre nós mesmos é fruto do orgulho. Quando enxergamos apenas o que queremos ver, corremos o risco de nos iludir, acreditando que somos maiores do que realmente somos. Mas quem se vê com clareza — com as virtudes e as fraquezas — alcança uma liberdade preciosa: a de viver em verdade.
A humildade não é se diminuir, mas reconhecer que toda grandeza vem do Alto. É caminhar com os pés no chão e o coração voltado para o céu.



