
Entre 2019 e 2025, o estado destinou R$ 357,2 milhões à Fapeg, mais que o dobro do volume aplicado entre 2005 e 2018. Crescimento mostra prioridade nos investimentos em pesquisa, tecnologia e formação científica
A política de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em Goiás passou a ocupar posição estratégica no Estado a partir de 2019, com o reforço de investimentos do Governo de Goiás por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Dados oficiais mostram que o volume de recursos aplicados no setor mais do que dobrou nos últimos sete anos, consolidando Goiás como referência nacional em pesquisa aplicada, tecnologia e formação científica.
Entre 2005 e 2018, período que abrange 13 anos desde a criação da Fapeg, foram investidos R$ 138,6 milhões em pesquisas e projetos científicos. Já entre 2019 e 2025, o valor saltou para R$ 357,2 milhões, segundo balanço institucional atualizado. O resultado representa um crescimento de 157% e mostra que o Governo de Goiás investiu mais em CT&I nos últimos sete anos do que nos 13 anos anteriores somados.
“Nós goianos precisamos estar em primeiro lugar, e para isso precisamos continuar investindo em inovação. Acredito na educação, na ciência e na pesquisa com transformadores do estado”, destaca o governador Ronaldo Caiado.
De 2023 a 2025, a execução financeira da Fapeg atingiu recordes sucessivos, consolidando a nova fase. Em 2023, os investimentos chegaram a R$ 94 milhões, quatro vezes mais do que foi executado em 2018. Para 2025, a projeção é de R$ 130 milhões, somados os recursos da Fapeg e os captados com parceiros em fomento para pesquisa, inovação e formação científica.
Guinada
A guinada começou em 2019, quando a Fapeg passou por reestruturação administrativa, adotou metas mais ousadas e direcionou recursos para áreas estratégicas, como Inteligência Artificial, agronegócio, biotecnologia, saúde e energias renováveis. Nesse período, foram criados os Centros de Excelência, iniciativa que aproximou a ciência das demandas reais da sociedade e do setor produtivo. Entre eles está o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), sediado na UFG, que hoje é considerado referência na América Latina.
“A pesquisa é o que transforma o estado. O governador Ronaldo Caiado foi ousado quando, lá em 2019, fez uma aposta que deu muito certo. Goiás está à frente de outros estados, o Ceia traz resultados não só para Goiás, mas para estados do Brasil inteiro”, afirma Telma Soares, diretora executiva do Ceia.
O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, afirma que o novo ciclo de investimento só foi possível com o apoio direto do governo do estado. “O governador Ronaldo Caiado acredita na ciência como ferramenta de desenvolvimento e garantiu condições para que a Fapeg atuasse em um novo patamar. Deixamos de ser apenas uma financiadora de pesquisa acadêmica e passamos a articular inovação, desenvolvimento tecnológico e impacto social”, afirmou.
Para Arriel, os números comprovam a mudança de rota. “Hoje Goiás é protagonista nacional em políticas de ciência e inovação. A Fapeg está consolidada como instituição estratégica, com credibilidade e capacidade de transformar conhecimento em soluções para a sociedade”, ressaltou.
Startup goiana
Um exemplo de projeto de pesquisa apoiado pela Fapeg é o desenvolvimento de equipamento portátil que une inteligência artificial e fluorescência por imagem que promete revolucionar as cirurgias de câncer de mama – e, futuramente, de outros tipos de neoplasias. O apoio do Estado ocorre por meio do Programa Centelha, executado pela Fapeg. Batizado de OBNext, o dispositivo foi desenvolvido pela healthtech goiana GONexter e permite analisar margens cirúrgicas no próprio centro cirúrgico, em tempo real, oferecendo maior precisão, rapidez e confiabilidade ao procedimento.
Criada em Anápolis, a GONexter nasceu da união de expertises complementares: Antônio César Pereira, médico com experiência em cirurgias radioguiadas; Kleber Mundim, físico matemático especialista em IA; e Sérgio Hirase, executivo de TI e plataformas em nuvem se uniram no desenvolvimento do projeto. A tecnologia busca eliminar a dependência de análises externas feitas por patologistas – em muitos casos, com logística precária e envio de amostras por motoboys. Além de reduzir tempo e custos, a solução deve ampliar o acesso a cirurgias oncológicas de alta precisão em cidades de pequeno e médio porte.
Foto: Fapeg
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás