
Hoje pode ser o último dia de nossas vidas.
E, diante dessa possibilidade silenciosa e tão real, surge uma pergunta que ecoa fundo: você tem certeza de que viveu tudo o que podia? Que amou como deveria amar? Que sorriu sem medo, chorou sem vergonha e abraçou com toda a alma quem cruzou seu caminho?
A vida é breve, e o tempo — esse vento invisível — passa sem pedir licença. Quantas vezes deixamos de dizer “eu te amo” por orgulho? Quantas vezes adiamos aquele encontro, aquela viagem, aquele sonho, acreditando ingenuamente que haveria tempo de sobra?
Mas e se o tempo acabar agora?
O que ficará de nós? Uma lembrança boa, um perfume guardado, uma canção que toca e faz alguém sentir saudade? Ou apenas o arrependimento do que poderíamos ter sido, mas deixamos de ser?
Viver é mais do que respirar. É sentir. É mergulhar de corpo e alma nas pequenas coisas: o café quente pela manhã, o pôr do sol que se despede sem pressa, o olhar que fala mais que mil palavras, o toque que cura, o perdão que liberta.
Amar é o verbo mais bonito que existe — e o único que realmente dá sentido à passagem por este planeta azul. Tudo o mais é cenário, ilusão, vaidade que o tempo leva. O que permanece é o amor que deixamos espalhado, como flores pelo caminho.
Então, se hoje fosse o último dia…
você teria coragem de sorrir e dizer: “valeu a pena”?
Porque, no fim, é isso que conta: viver de um jeito que, quando a cortina se fechar, o coração possa aplaudir de pé a própria história.