Caiado tem evitado responder a provocações de lideranças bolsonaristas mais radicalizadas, que não admitem um candidato da direita que não seja um membro do clã (neste caso, Jair, Michelle ou Eduardo). Para Caiado, é preciso adotar uma estratégia inteligente para vencer Lula (PT) e o PT nas eleições do próximo ano.
Com pesquisas em mãos e uma vasta experiência eleitoral, o governador de Goiás acredita que uma candidatura única da direita no primeiro turno facilita o sucesso da esquerda. A frente ampla é um recurso muito poderoso no segundo turno, quando o eleitor já avaliou propostas e mediu perdas e ganhos, ideológicos ou não, durante o processo eleitoral.
Para Caiado, a direita tem o domínio das ruas; porém, há uma parcela silenciosa, mas significativa do eleitorado que avalia com critério os impactos individuais das propostas dos candidatos e que, em um primeiro turno, com os bons projetos dos principais nomes da direita, pode reunir a maioria desses eleitores mais discretos.
E a tese tem fundamento se considerarmos as eleições de 2022: quando o ex-presidente Jair Bolsonaro perdeu a eleição para um Lula desgastado e um PT enfraquecido. Se houvesse mais opções da direita, que confrontassem melhor as deficiências do lulismo durante o primeiro turno, talvez o resultado fosse outro, na opinião de inúmeros observadores políticos.
Com esses dados em mãos, Caiado adota cautela e busca manter os principais nomes da direita brasileira em movimento, justamente para confrontar a forte máquina do governo federal.
