
(NO PRELO) – JOSIMAR SALUM & LUIS BERETA
Precisamos vigiar, pois a idolatria espiritual muitas vezes se disfarça de “honra” ou de “submissão”. Sem perceber, podemos transformar um pregador, líder ou profeta em ídolo, atribuindo-lhe uma autoridade que pertence somente a Cristo. É extremamente perigoso obedecer cegamente a qualquer ser humano — ainda mais sem antes verificar se o que ele ensina realmente procede de Deus e sem conhecer de fato a vida e o caráter de quem ensina.
Se um pastor ou pregador que você conhece passa a viver em pecado e não se submete à disciplina da igreja para corrigir o erro e mudar de vida, seu ensino e sua influência devem ser rejeitados, porque ele demonstra não se submeter ao Espírito de Cristo. A autoridade espiritual não pode ser dissociada da obediência prática e do temor a Deus. Como pode alguém ensinar retidão e arrependimento se não pratica esses princípios na própria vida?
“Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2:6).
Infelizmente, vemos cada vez mais pregadores e pastores que, ao serem infiéis a suas esposas, acabam se casando novamente (usando a linguagem comum e mundana atual)— muitas vezes com a própria pessoa com quem adulteraram — e ainda assim continuam sendo aceitos como líderes por seguidores igualmente tortos, que relativizam a Grafia de Deus para justificar sua própria falta de temor a Deus. Assim, perpetuam um espírito de impureza e de rebeldia dentro de comunidades inteiras, em uma sociedade que já se acostumou a rejeitar o padrão de Cristo para sua própria comodidade e normalidade.
A Bíblia não registra no Novo Testamento nenhum apóstolo, profeta, evangelista, pastor ou mestre que tenha sido adúltero, deixado a esposa, casado com outra e permanecido em autoridade espiritual. Simplesmente não existe nenhum exemplo. Pelo contrário, vemos instruções claras para a pureza no lar e na liderança, pois “convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2). O padrão estabelecido por Deus não é negociável, ainda que a cultura moderna tente justificá-lo.
Aceitar líderes que vivem deliberadamente no pecado, sem arrependimento genuíno, é abrir brechas para que o mesmo espírito de impureza, desobediência e engano se espalhe entre o povo. Novamente, Jesus disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” (Mateus 7:15). Esse alerta vale para qualquer líder cujo testemunho não condiz com a santidade expressada pelas Escrituras.
Portanto, examine não apenas a mensagem que pregam, mas também a vida que vivem. Pois, como já foi dito, “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20).
“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos procedem de Deus”
1 João 4:1:
Muitos, hoje, aceitam heresias apenas porque elas vêm disfarçadas de revelação ou são apresentadas de forma emocionante e persuasiva. Jesus nos advertiu claramente: “Acautelai-vos para que ninguém vos engane” (Mateus 24:4), pois nos últimos dias surgiriam falsos mestres e falsos profetas que fariam até sinais, se possível, para enganar os eleitos (Mateus 24:24). Por isso, a postura bereana continua indispensável: discernir, testar, comparar, e fundamentar toda a fé na Escritura, para não sermos levados por qualquer vento de doutrina (Efésios 4:14).