O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (16) que as negociações em torno da guerra entre Rússia e Ucrânia deram um passo além do esperado. Após reunião com o presidente russo Vladimir Putin, no Alasca, e uma conversa telefônica com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e líderes europeus, Trump afirmou que as tratativas não se limitarão a um cessar-fogo, mas caminham “diretamente para um acordo de paz”.
Em publicação na rede Truth Social, o líder americano declarou que “foi determinado por todos que a melhor maneira de pôr fim à terrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia é chegar diretamente a um acordo de paz, que poria fim à guerra, e não a um mero cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta”.
Trump também confirmou que Zelenskyy estará na Casa Branca na próxima segunda-feira (18), para uma reunião no Salão Oval. Se o encontro for considerado positivo, poderá ser agendada uma nova rodada de conversas, desta vez envolvendo Putin, em busca de um acordo definitivo.
O anúncio marca uma mudança na postura do presidente americano. Antes do encontro no Alasca, Trump havia sinalizado que seu objetivo inicial era negociar um cessar-fogo. No entanto, após a cúpula com Putin, defendeu que a negociação deve avançar de imediato para um acordo mais amplo, capaz de encerrar formalmente o conflito.
Apesar do tom otimista, analistas internacionais destacam que ainda não há detalhes concretos sobre como seria esse possível acordo de paz, especialmente em relação às fronteiras e à soberania da Ucrânia. Para muitos observadores, o movimento foi visto como uma vitória diplomática para Moscou, enquanto Kiev insiste que nenhuma decisão poderá ser tomada sem sua participação plena.
A expectativa agora se volta para a visita de Zelenskyy a Washington, considerada um passo decisivo para avaliar se o anúncio de Trump representa de fato uma solução concreta ou apenas um gesto político em meio a uma guerra que já deixou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.
