O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, admitiu que o partido enfrenta a fase mais crítica de sua história, marcada por perdas expressivas e um cenário de esvaziamento político. Em entrevista concedida nesta quinta-feira (14), o ex-governador de Goiás declarou que a legenda precisa resistir para não desaparecer do cenário nacional.
Segundo Perillo, a crise se intensificou a partir de 2022, quando o PSDB sofreu derrotas eleitorais significativas e começou a perder lideranças de peso. A situação se agravou em 2024 com a saída de nomes influentes, como o ex-governador Eduardo Leite, que migrou para o PSD, além de outras baixas importantes, incluindo a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e o senador Izalci Lucas (DF).
Em capitais e grandes centros, a legenda também encolheu. Em São Paulo, deixou de ter representantes na Câmara Municipal, e em doze capitais perdeu espaço nos legislativos. O próprio Perillo reconhece que sua liderança é alvo de críticas internas, apontada por alguns como excessivamente centralizadora, o que teria contribuído para o enfraquecimento do partido.
Apesar do diagnóstico pessimista, o dirigente tenta manter o otimismo e projeta uma retomada até 2026. “É possível que, ao final da próxima eleição, estejamos mais fortes do que em 2022”, afirmou, destacando que o desafio agora é reconquistar antigos aliados e atrair novos quadros para revitalizar o PSDB.
