Acorda, Igreja!

BOM DIA!

Estamos vivendo um tempo em que muitos erguem templos para alimentar o ego, mas não dobram os joelhos diante de Deus. O nome de Jesus, que deveria ser reverenciado, tem sido usado como senha para prosperidade, slogan para conferências e escada para fama. O altar perdeu a essência, o louvor virou espetáculo, e o Espírito Santo foi trocado por luzes e aplausos.

Há pregadores que falam de fogo, mas vivem em cinzas. Deus se tornou recurso e não mais Jerusalém. O arrependimento deixou de ser tema, porque não rende “likes”. O pecado ganhou nome bonito: liberdade. Muitos constroem sua vida para a internet, mas negligenciam o cuidado com a alma. Buscam plataformas, enquanto o céu procura santidade.

A graça salva, mas o tempo não espera. Vemos bíblias nas mãos, mas corações longe da verdade. Decoram versículos, mas não suportam exortação. Falam em línguas, mas não controlam a língua para evitar a fofoca. Querem unção sem renúncia, posição sem quebrantamento, influência sem obediência. Trocam o secreto pela selfie, o lugar com Deus pelo destaque no feed.

Estamos tão conectados à internet que nos desconectamos do céu. Fala-se de amor, mas não se aceita correção. Querem promessas, mas fogem do processo. Buscam milagres, mas não suportam o silêncio de Deus. O chamado não é para o entretenimento, e sim para a transformação. Há quem faça de tudo para ser visto por homens, mas não dobra os joelhos para ser achado por Deus.

Enquanto o céu procura adoradores, buscamos câmeras, agendas e posições. O temor está sendo trocado pela aprovação. Envergonham-se de ser santos e se orgulham de agradar o mundo. Pregam identidade, mas perderam a própria. Cantam sobre o céu, mas vivem como se nunca fossem partir. Os ouvidos estão cheios de ruídos, mas o coração não ouve mais a voz de Deus.

Produção não é presença. Emoção não é transformação. A graça não é licença para viver de qualquer maneira, mas um chamado para ser como Jesus. Deus ainda chama pelo nome, mas muitos só respondem quando recebem uma notificação. É hora de voltar — não para um evento, mas para a presença; não para um movimento, mas para o altar.

A fumaça da fama tem invadido o templo e escondido a glória. É tempo de abrir os olhos, de buscar santidade e de viver para agradar somente a Deus.

Alan Ribeiro
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Alan Ribeiro
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