
BOM DIA!
As pessoas religiosas são frequentemente habilidosas em proteger suas tradições, defender seus sistemas e reagir rapidamente contra qualquer coisa que desafie suas crenças estabelecidas. Elas sabem como reunir apoio, agitar emoções e impor conformidade. São excelentes em criar unidade quando sua identidade, status ou doutrinas se sentem ameaçados.
Foi exatamente isso que aconteceu na sinagoga naquele dia.
“Todos na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se.” — Lucas 4:28–30
Jesus havia falado a verdade que confrontou o orgulho deles e despedaçou suas suposições sobre o favor de Deus. Em vez de se arrependerem, reagiram com fúria. Em vez de ouvirem, procuraram silenciar. Em vez de examinarem as Escrituras para ver se Suas palavras eram verdadeiras, tentaram eliminar o Mensageiro.
Por quê? Porque a religião sem transformação produz um coração que se apega mais ao controle do que a Deus, mais à autojustiça do que à justiça, e mais à aprovação da multidão do que à aprovação de Deus.
As pessoas naquela sinagoga acreditavam que estavam defendendo a honra de Deus, mas, na realidade, estavam rejeitando o Filho de Deus. E é isso que a religião muitas vezes faz “bem” — mobiliza zelo sem conhecimento, paixão sem discernimento e compromisso sem humildade.
Mas repare na frase final: “Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se.” A missão do Reino não pode ser detida pela fúria da religião. O propósito de Cristo não estava sujeito às ameaças deles. Ele seguiu adiante, sem se deixar abalar, continuando a pregar, curar e proclamar o Reino de Deus.