Há momentos em que a tristeza não se explica. Ela simplesmente chega, como uma nuvem cinzenta que cobre o céu do nosso interior, mesmo quando tudo parece bem do lado de fora. É uma tristeza que não grita, mas pesa. Não machuca com cortes visíveis, mas fere com o silêncio. Essa é a tristeza na alma.
Ela não se resolve com frases prontas ou com um “vai passar” dito com pressa. A tristeza na alma pede acolhimento. Pede que sejamos gentis conosco. Que tenhamos paciência para atravessar o deserto que às vezes se forma dentro de nós. É um pedido de cuidado que muitas vezes disfarçamos com sorrisos ou com uma rotina agitada, tentando não encarar o que dói lá dentro.
Mas é preciso encarar.
É preciso entender que sentir tristeza é humano. E que a alma, assim como o corpo, também adoece. Também precisa de descanso, de atenção, de afeto. Não somos máquinas. Somos feitos de sentimentos, de memórias, de perdas e de esperanças. E às vezes, o simples ato de admitir que algo não está bem já é o primeiro passo para que tudo comece a melhorar.
Se você está vivendo um desses dias nublados por dentro, lembre-se: você não está só. Há sempre uma luz, ainda que pequena, esperando para brilhar de novo. Às vezes ela vem na forma de uma oração, de um abraço, de um amigo que escuta em silêncio. Outras vezes, ela vem de dentro mesmo, quando você decide, com coragem, continuar caminhando.
A tristeza na alma não é sinal de fraqueza. É sinal de que você sente. E quem sente, vive de verdade. Cuide de si. Se necessário, peça ajuda. Porque mesmo quando a alma chora, ela também carrega dentro de si a força para sorrir novamente.
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Com carinho,
Alan Ribeiro
