BOM DIA!
Na história da salvação, muitos nomes se destacam por gestos grandiosos, palavras marcantes ou milagres extraordinários. Mas há também aqueles que, com atitudes discretas e firmes, revelam o quanto a fé pode se manifestar em momentos decisivos. Um desses homens é José de Arimatéia, cuja importância na vida do povo de Deus vai além da sepultura que ofereceu a Jesus.
José era um homem bom e justo, membro do Sinédrio, mas que não consentiu com a injustiça da condenação de Cristo. Em tempos em que associar-se a Jesus era arriscado e até perigoso, ele teve a ousadia de procurar Pilatos e pedir o corpo do Senhor. Esse ato foi mais do que um gesto de caridade: foi um testemunho público de sua fé, uma declaração de amor e respeito àquele que muitos ainda temiam.
Oferecer seu próprio túmulo para Jesus também carrega um simbolismo profundo. Não era apenas uma cova: era um lugar novo, digno, preparado com cuidado, e que se tornaria cenário da maior vitória da humanidade — a ressurreição. José, sem saber plenamente, foi instrumento direto na concretização do plano divino.
A importância de José de Arimatéia para o povo de Deus está em nos ensinar que não é preciso muito para servir ao Senhor — basta coragem, fé e disposição para agir no momento certo. Ele nos mostra que há lugar no Reino para os discretos, para os prudentes, para os que agem com sabedoria e humildade, mas com firmeza e fé inabalável.
Num mundo onde muitos preferem o silêncio para evitar conflitos, José nos inspira a sermos fiéis mesmo quando isso exige sacrifícios pessoais. Ele foi uma resposta à profecia de Isaías de que o Messias seria sepultado com os ricos — e assim se cumpriu a Palavra.
Que possamos, como José de Arimatéia, estar prontos para honrar a Cristo com nossas atitudes, mesmo nos momentos sombrios, mesmo quando a maioria se cala. Pois é justamente nesses momentos que a luz da fé se torna ainda mais necessária.
Alan Ribeiro
SHALOM! SHALOM!
