
Há verdades na vida que doem como punhalada — e uma delas é esta: o destino não tem prorrogação.
Ele não espera a nossa melhora, o nosso pedido de desculpas, a coragem que adiamos ou o abraço que deixamos pra depois. O destino é cruelmente pontual. Ele não atrasa, não dá sinal de aviso, nem concede tempo extra. Quando chega a hora, simplesmente chega — e ponto final.
Quantos de nós vivemos como se fôssemos eternos, desperdiçando dias, silenciando sentimentos, fingindo que temos o controle? Guardamos palavras como se o amanhã fosse garantido, adiamos reconciliações como se o coração suportasse o peso da ausência para sempre. Mas o tempo é um sopro, e quando ele se vai, leva junto tudo aquilo que deixamos para depois.
O relógio da vida não tem botão de pausa. Cada segundo que passa é um segundo que não volta. E o que não foi vivido, o que não foi dito, o que não foi sentido, não será revivido. A dor do arrependimento é silenciosa, mas grita no íntimo de quem percebe tarde demais que o momento passou — e com ele, a chance.
Não espere a perda para entender o valor. Não espere a ausência para descobrir o amor. Não espere o destino bater à porta para lembrar que ele não aceita remarcações.
Viva agora. Ame agora. Repare agora. Porque quando o destino chegar — e ele vai chegar — tudo que você terá em mãos será o que não deixou para depois.