
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira, de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Como parte da decisão, Bolsonaro deverá cumprir medidas cautelares como recolhimento domiciliar no período noturno, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de utilizar redes sociais.
Além disso, o ex-presidente está impedido de manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como de se aproximar de sedes de embaixadas. As restrições foram solicitadas pela PF e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
As medidas têm como base suspeitas de crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça e tentativa de atentado contra a soberania nacional. A investigação também aponta risco de fuga do país. Durante a operação, a PF encontrou ao menos US$ 10 mil em espécie na residência de Bolsonaro, em Brasília — a quantia ainda está sendo conferida.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do ex-presidente e também na sede nacional do Partido Liberal (PL), legenda à qual ele é filiado.
A defesa de Bolsonaro classificou as determinações como “indignas”, mas confirmou que ele cumpriu a ordem judicial, incluindo a instalação da tornozeleira eletrônica.
O ex-presidente já responde a uma ação penal no STF, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Recentemente, a PGR apresentou as alegações finais no processo, pedindo sua condenação por cinco crimes.