Quando o cliente não tem voz: o silêncio do NUBANK diante dos encerramentos de contas

Nos últimos tempos, têm sido recorrentes os relatos de clientes da instituição financeira NUBANK que se viram surpreendidos com o encerramento unilateral de suas contas, sem qualquer justificativa clara ou possibilidade de defesa. O que mais chama atenção nesses episódios não é apenas o ato em si, mas o completo silêncio institucional diante das inúmeras reclamações e pedidos de esclarecimento.

É compreensível que qualquer banco ou fintech adote políticas internas de segurança e prevenção de fraudes, mas é inaceitável que o usuário, muitas vezes cliente antigo e regular, seja simplesmente excluído do sistema financeiro sem qualquer chance de argumentação. O constrangimento é ainda maior quando o cliente, em busca de informações ou alternativas, não encontra qualquer canal efetivo de atendimento, sendo ignorado ou direcionado a respostas automáticas, genéricas e vazias.

O espaço permanece aberto para que a instituição venha a público apresentar uma resposta plausível, esclarecer os critérios adotados e, principalmente, oferecer um canal transparente e acessível para os clientes afetados. No entanto, até que isso ocorra, é impossível ignorar a sensação de impotência e injustiça que tem tomado conta de muitos usuários.

Fechar uma conta bancária é mais do que um simples ato administrativo. Trata-se de mexer com a dignidade, o planejamento e, em muitos casos, a subsistência de pessoas que confiam na segurança do sistema financeiro para gerirem suas vidas. O mínimo que se espera de uma instituição que se propõe moderna, digital e democrática é respeito e diálogo.

A pergunta que fica é: até quando o NUBANK permanecerá em silêncio diante de tantos pedidos de explicação?

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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