Mensagem do Alan: Ter ou não ter escrúpulos?

“Escrúpulo” é uma das palavras mais fascinantes do nosso vocabulário. Sua definição principal é: uma dúvida ou hesitação que atormenta a consciência sobre se algo é certo ou errado.

Mas você sabia? A palavra vem do latim scrupulus, que significa literalmente “uma pequena pedra pontiaguda”.

Na Roma Antiga, os legionários marchavam longas distâncias usando sandálias chamadas caligae. Com frequência, uma pedrinha se alojava entre a sola e o pé — pequena demais para justificar uma parada, mas incômoda o suficiente para tirar a concentração e exigir uma escolha: suportar o desconforto ou parar para removê-la, correndo o risco de atrasar a tropa e ser punido.

Enquanto isso, os tribunos, senadores e demais autoridades viajavam confortavelmente a cavalo ou em liteiras. Para eles, não havia “scrupulus” no caminho. Daí nasceu a percepção de que “quem está no poder não tem escrúpulos” — ou seja, não carrega consigo esse incômodo moral que detém o comum dos mortais.

Com o tempo, o termo saiu do contexto militar e ganhou contornos éticos. “Ter escrúpulos” passou a significar essa pontada na consciência que nos faz parar, refletir, hesitar. Uma pedrinha moral no sapato. Já alguém “sem escrúpulos” é justamente aquele que não sente nada — não se incomoda, não hesita, não freia diante do que é injusto ou imoral.

E você? Convive com algum escrúpulo? Ou já tirou todas as pedras do caminho — inclusive as que deveriam incomodar?

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

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