A fé que permanece nas cinzas

BOM DIA!

Diante da tragédia, Jó não blasfema, não acusa, não se rebela. Ele adora. Em nossos dias, essa atitude parece quase inacreditável. Como pode alguém, ao perder tudo — filhos, bens, saúde — ainda assim se prostrar com o rosto em terra e adorar? A resposta está naquilo que Jó sabia sobre Deus: que Ele continua soberano, mesmo quando tudo à nossa volta desmorona.

Ao ouvir as notícias devastadoras, a Bíblia nos diz que Jó “levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça”. Esses gestos não eram simbólicos apenas — eram expressões sinceras de luto no contexto do Antigo Oriente. Jó não ignorou a dor, ele a viveu por completo. Mas o que surpreende é o que vem em seguida: “Então prostrou-se com o rosto em terra, em adoração.”

A fé de Jó não estava baseada em recompensas, mas no caráter imutável de Deus. Ele declara com profunda convicção: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; bendito seja o nome do Senhor.” É uma das afirmações mais poderosas da fé bíblica. Jó compreendia que tudo o que temos é passageiro, mas o Doador é eternamente digno de louvor — mesmo quando decide recolher aquilo que nos deu.

E o texto bíblico encerra esse momento com um testemunho raro e precioso: “Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó não caiu na armadilha que muitos caem hoje: culpar Deus na hora da dor. Ele permaneceu íntegro. E essa integridade desarma a acusação de Satanás feita no início da história.

Trata-se de uma fé que não barganha, que não depende das circunstâncias. Uma fé que não louva apenas no templo, mas também nas ruínas. Que o exemplo de Jó nos inspire.

SHALOM! SHALOM!

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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