Israel e Hamas: guerra, Verdade e a luta pela Paz

Em 7 de outubro de 2023, Israel sofreu o ataque terrorista mais letal de sua história moderna. O Hamas, grupo militante islamista que governa a Faixa de Gaza, lançou um grande ataque surpresa que começou com o disparo de milhares de foguetes contra cidades e vilarejos israelenses. O que se seguiu foi uma infiltração brutal de centenas de combatentes do Hamas que cruzaram para o sul de Israel por terra, ar e mar.

Os agressores atacaram bairros residenciais, kibutzim e até um festival de música. Massacraram famílias inteiras, estupraram mulheres, mutilaram corpos e assassinaram crianças e idosos a sangue frio. Mais de 1.200 israelenses foram mortos em um único dia, e mais de 240 pessoas — incluindo bebês, sobreviventes do Holocausto e estrangeiros — foram levadas como reféns para Gaza. Esse evento foi amplamente descrito como o dia mais horrível para os judeus desde o Holocausto.

O mundo ficou chocado com as imagens e os relatos. O Hamas não realizou apenas um ataque militar — cometeu uma atrocidade, planejada para provocar, aterrorizar e desestabilizar. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, iniciando uma campanha militar sustentada com o objetivo de desmantelar a infraestrutura militar do grupo e resgatar os reféns.

Mas esta guerra, como tantas outras anteriores em Gaza, trouxe um custo humano devastador.

Até meados de 2025, mais de 55 mil palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde de Gaza. Analistas independentes estimam que entre 10 mil e 20 mil desses mortos eram membros do Hamas ou de grupos armados aliados. A maioria — segundo as estimativas mais confiáveis — eram civis. Essa trágica perda de vidas se deve, em grande parte, à estratégia deliberada do Hamas de posicionar seus combatentes, armas e centros de comando em áreas civis densamente povoadas, incluindo escolas, hospitais, mesquitas e prédios residenciais.

Gaza é um dos locais mais densamente povoados do mundo, e o uso de escudos humanos pelo Hamas não é uma alegação — é um crime de guerra documentado. O grupo dispara foguetes de áreas escolares, esconde armamentos em instalações da ONU e constrói túneis sob casas e hospitais. Converte centros médicos em bases terroristas, sacrificando a integridade de espaços humanitários por ganhos militares. Em um dos exemplos mais estarrecedores, o Hamas utilizou o Hospital Al-Shifa — o maior de Gaza — como centro de comando, enquanto pacientes e profissionais de saúde eram colocados em risco.

Pior ainda, o Hamas tem roubado sistematicamente a ajuda humanitária — incluindo alimentos, combustíveis e suprimentos médicos — enviada por organizações internacionais e até mesmo por Israel. Grande parte dessa ajuda há muito tempo tem sido desviada para sustentar seus combatentes, construir túneis e enriquecer sua elite. Agências da ONU e trabalhadores humanitários confirmaram que o Hamas bloqueia, explora e militariza essa assistência, aprofundando o sofrimento da população de Gaza.

Mais perturbador ainda é o fato de que o Hamas não apenas coloca sua população em risco — ele ativamente mata seu próprio povo. Há evidências confiáveis de que militantes do Hamas usaram atiradores de elite para assassinar civis palestinos que tentavam fugir de zonas de conflito ou evacuar para áreas seguras conforme instruções de Israel. Aqueles que desobedecem ordens ou criticam o grupo são frequentemente punidos com espancamentos, tortura ou execução. Dissentimentos em Gaza não são tolerados — quem se opõe ao Hamas de dentro é brutalmente silenciado.

As mulheres sob o regime do Hamas são tratadas como cidadãs de segunda classe, submetidas a severas restrições baseadas em interpretações fundamentalistas da lei islâmica. Códigos de vestimenta forçados, segregação e exclusão política são impostos. Vítimas de violência doméstica frequentemente não têm a quem recorrer.

Meninas em Gaza estão particularmente vulneráveis a práticas culturais severas sob o regime do Hamas, incluindo casamentos infantis com homens muito mais velhos — situações que, embora toleradas por tradições locais, representam violações graves dos direitos das crianças e de fato configuram relações de abuso equivalentes à pedofilia. Além disso, muitas delas são expostas desde cedo a uma doutrinação ideológica sistemática que glorifica o martírio e incita o ódio contra judeus, em vez de promover educação, liberdade ou paz. Livros escolares aprovados pelo Hamas, bem como acampamentos de verão organizados por suas lideranças, ensinam valores de guerra, morte e vingança — em clara oposição aos princípios universais de dignidade e convivência humana.

Os líderes do Hamas, enquanto pregam sacrifício, vivem no luxo — bem longe da miséria de Gaza. Várias figuras do alto escalão residem no Catar, na Turquia e em outros países, acumulando fortunas estimadas em dezenas ou centenas de milhões de dólares. Jantam em hotéis cinco estrelas, viajam em jatos particulares e matriculam seus filhos em escolas de elite no exterior — enquanto o povo de Gaza vive sob bombardeios, fome e desespero.

A cultura do ódio em Gaza, sob o controle do Hamas, vai muito além de sua liderança. Crianças são doutrinadas desde cedo a odiar judeus — não apenas israelenses. Livros escolares palestinos promovem o antissemitismo, glorificam atentados suicidas e apagam Israel dos mapas. Acampamentos de verão organizados pelo Hamas treinam crianças com réplicas de armas e ensinam músicas celebrando a morte de judeus. De forma chocante, Adolf Hitler é abertamente exaltado por alguns simpatizantes do Hamas, como modelo do que esperam fazer com o povo judeu.

Esse é o cerne do dilema: se Israel deixasse de se defender, seu povo correria risco de aniquilação. Mas se o Hamas parasse de atacar, libertasse os reféns e abandonasse sua campanha para destruir Israel, a guerra terminaria — e a paz poderia começar.

O slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre” não é um grito de libertação — é um chamado à eliminação de Israel e ao extermínio ou expulsão de sua população judaica. Refere-se ao território do rio Jordão ao mar Mediterrâneo — onde se encontra o Estado de Israel. Não há espaço nessa visão para paz, coexistência ou solução de dois Estados. É um lema de apagamento.

As Forças de Defesa de Israel, apesar de sua força e tecnologia, enfrentam profundos desafios morais e estratégicos em Gaza. Elas avisam rotineiramente os civis antes dos bombardeios, por meio de telefonemas, panfletos e disparos de advertência (“roof-knock”). Investigam denúncias de irregularidades, abortam missões quando civis estão em risco e operam sob regras de engajamento baseadas no direito internacional — ainda que nem sempre sem erros ou controvérsias.

Israel é uma democracia — a única do Oriente Médio — com um Judiciário independente, imprensa livre e cidadãos de diversas religiões vivendo lado a lado. Seu povo não deseja guerra interminável; deseja segurança, dignidade e paz. Israel já assinou tratados de paz com Egito, Jordânia e acordos de normalização com diversos países árabes. Mostrou estar disposto a coexistir com seus vizinhos — mas não com quem declara abertamente sua intenção de apagá-lo do mapa.

O Hamas, por outro lado, glorifica o martírio, transforma o sofrimento em arma e usa seu próprio povo como escudo. Rejeita todas as iniciativas sérias de paz, suprime a dissidência e impõe uma ditadura islamista radical sobre uma população cativa. Não pode existir como entidade governante ao mesmo tempo em que persegue a destruição genocida de Israel. Esses objetivos são incompatíveis.

A guerra em curso não é simplesmente um conflito militar. É uma batalha entre duas visões de mundo. Uma busca a vida, a segurança e a esperança de coexistência. A outra glorifica a morte, a conquista e o ódio. Um lado constrói hospitais e tribunais; o outro esconde foguetes debaixo deles. Um lado lamenta as baixas civis; o outro as celebra.

A paz não é impossível. Mas só será possível quando a verdade for dita sem medo ou conveniência política. E a verdade é esta: o Hamas precisa ser desmantelado. Deve ser rejeitado — não apenas por Israel, mas pelos próprios palestinos e por toda a comunidade internacional. O povo de Gaza merece dignidade, autodeterminação e paz — mas não sob o domínio de terroristas que os exploram para espetáculo global e lucro próprio.

Enquanto o Hamas existir para destruir e não para construir, para matar e não para governar, não haverá paz. E até que o mundo responsabilize o Hamas — não apenas Israel — o ciclo de sangue continuará, e os inocentes continuarão morrendo em ambos os lados da fronteira.

Josimar Salum 14/6/2025

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Alan Ribeiro
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