
Boa sexta-feira!
Essa é uma pergunta que ecoa fundo em nosso coração e nos faz refletir sobre a nossa fé e a humanidade em que vivemos: se Jesus voltasse hoje, Ele seria amado ou crucificado de novo?
À primeira vista, muitos de nós gostamos de pensar que O receberíamos com braços abertos, reconhecendo Sua bondade, amor e justiça. Afinal, proclamamos Seu nome nas igrejas, compartilhamos Suas palavras nas redes sociais e celebramos Sua vida e ressurreição em nossas datas mais sagradas. Mas será que, de fato, estamos prontos para acolhê-Lo?
Na época em que Jesus veio ao mundo, Ele foi rejeitado não por falta de milagres ou ensinamentos, mas porque Suas palavras confrontavam as estruturas de poder, desafiavam a hipocrisia e chamavam à verdadeira conversão do coração. Ele não buscava agradar; buscava a verdade. E, por isso, foi perseguido, julgado injustamente e crucificado.
Hoje, vivemos tempos em que ainda há muita intolerância, orgulho, injustiça e falta de amor genuíno. Quantos profetas contemporâneos são rejeitados por denunciarem as mesmas falhas que Jesus apontou? Quantas vezes nós mesmos resistimos à transformação interior que Ele nos pede?
Se Jesus voltasse hoje e andasse entre nós – amando os marginalizados, defendendo os pobres, desafiando os poderosos e chamando cada um à conversão – será que O reconheceríamos? Ou será que, incomodados e endurecidos, repetiríamos a história?
A verdade é que o Cristo continua entre nós, na pessoa do próximo, nos rostos dos que sofrem, nas palavras de justiça e nas atitudes de amor. E todos os dias temos a oportunidade de responder: vamos amá-Lo ou rejeitá-Lo?
Que a nossa resposta seja de acolhimento, conversão e verdadeiro seguimento. Que possamos ser hoje um povo que abraça a graça e vive os ensinamentos de Jesus em toda sua profundidade.
“O que fizerem a um destes pequeninos, a mim o fizeram.” (Mt 25,40)