
A história de Sansão, narrada no livro de Juízes, é um retrato vívido do que acontece quando alguém decide brincar com os princípios estabelecidos por Deus. Separado desde o ventre para um propósito, Sansão foi ungido, forte e cheio do Espírito — mas aos poucos foi cedendo às tentações e ignorando o voto que o ligava ao céu.
No início, parecia que nada mudava. Ele pecava, e a força continuava. Ele quebrava princípios, e o Espírito ainda o visitava. Mas a corda da graça não é infinita. Quando os filisteus vieram novamente, ele tentou se libertar como antes — e a Bíblia diz que “não sabia que o Espírito do Senhor já havia se retirado dele”.
É exatamente aí que muitos de nós estamos: tentando viver do arrepio, do fundo musical, da emoção superficial. Cantamos, pregamos, servimos, mas já sem graça, sem pureza, sem a presença. E quando a conta chega — porque ela sempre chega — não adianta chorar nos escombros do que nós mesmos derrubamos.
Sansão terminou com os olhos vazios, sendo motivo de escárnio no templo de Dagom. Que não seja assim conosco. Que possamos escolher viver debaixo do propósito — e não brincar com ele. Há um próximo nível esperando, mas ele só é acessível a quem respeita o chamado.