O Golpe da Mão Fantasma: um novo e silencioso ataque digital

Por Alan Ribeiro

Com o avanço da tecnologia e o crescimento das operações financeiras via celular, os golpistas também evoluíram. Surgiu recentemente uma modalidade de golpe digital que vem fazendo vítimas em todo o país: o Golpe da Mão Fantasma. O nome, que parece até título de filme, faz jus à forma sorrateira e assustadora com que os criminosos agem. A vítima vê a tela do celular se movimentando sozinha, como se uma “mão invisível” estivesse no controle — e, de fato, está.

Como funciona o golpe?

O golpe começa, quase sempre, com uma abordagem convincente: o criminoso se passa por um atendente de banco, vendedor de loja virtual, ou até mesmo técnico de suporte. Utilizando técnicas de engenharia social, ele conquista a confiança da vítima e a convence a instalar um aplicativo de acesso remoto, como AnyDesk, TeamViewer ou similares.

Esses aplicativos são legítimos e amplamente usados por técnicos de informática. No entanto, nas mãos erradas, tornam-se armas poderosíssimas.

Uma vez instalado e autorizado o acesso, o criminoso assume o controle total do celular da vítima. Ele pode abrir aplicativos de banco, realizar transferências, fazer PIX, alterar senhas, apagar mensagens e, pior ainda, em muitos casos, faz isso tudo com a vítima assistindo, sem entender o que está acontecendo — daí o termo “mão fantasma”.

O que torna esse golpe tão perigoso?

  1. A vítima coopera sem saber: ao instalar o app e autorizar o acesso, ela entrega as chaves do cofre ao bandido.
  2. É difícil de detectar: não há senhas digitadas nem invasão perceptível. Tudo é feito de forma silenciosa e rápida.
  3. Explora a boa-fé e o desconhecimento: muitas vítimas são pessoas mais velhas ou com pouca familiaridade com tecnologia.
  4. Pode ocorrer até com o celular bloqueado: em alguns casos, os golpistas conseguem manter a conexão ativa, mesmo após o bloqueio da tela.

Como se proteger do golpe da mão fantasma?

Desconfie de quem pedir para instalar aplicativos de acesso remoto.

Nunca forneça códigos, senhas ou autorizações a terceiros por telefone.

Evite clicar em links de origem duvidosa.

Mantenha seus aplicativos e sistema operacional atualizados.

Habilite a verificação em duas etapas nos aplicativos bancários.

Fale diretamente com os canais oficiais de bancos e empresas.

O papel da conscientização

Infelizmente, muitas vítimas se sentem envergonhadas por terem “caído” no golpe, o que dificulta denúncias e investigações. É importante entender que os criminosos se utilizam de técnicas muito sofisticadas e que qualquer pessoa pode ser enganada.

Falar sobre isso, alertar amigos, familiares e principalmente os mais vulneráveis, é uma forma poderosa de combate. Informação é proteção.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

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