
Certa vez, um homem muito rico, dono de muitos bens, terras, carros importados, cavalos, gado e dinheiro no banco, possuía um bem de valor sentimental incalculável: um relógio que havia ganhado de seu avô.
Embora tivesse uma coleção de relógios caríssimos, aquele em especial era o mais importante para ele, não pelo valor monetário, mas pelas memórias que carregava.
Um dia, ao ir tratar dos animais no coxo, ele percebeu, perto da hora do almoço, que o relógio havia desaparecido do seu pulso. Entrou em desespero. Vasculhou toda a fazenda, mas nada.
Lembrou-se então que tinha estado no coxo. Correu até lá, procurou novamente e não encontrou. Reuniu todos os funcionários e disse:
— Quem encontrar esse relógio receberá uma grande recompensa!
Todos se empenharam, reviraram cada canto, mas ninguém achou o relógio.
Foi então que um garoto da fazenda, curioso com o alvoroço, se aproximou e perguntou:
— Eu posso procurar?
— Mas, garoto… todos já procuraram e ninguém encontrou. Você acha mesmo que vai conseguir? — respondeu o fazendeiro.
— Posso tentar, mas quero pedir um favor.
— Diga.
— Gostaria de ficar sozinho lá dentro. O senhor e todos os outros podem esperar do lado de fora?
Alguns riram da ousadia do menino, mas permitiram.
Três minutos se passaram e o garoto saiu com o relógio na mão. Todos ficaram perplexos.
— Como você conseguiu? — perguntaram.
Ele então respondeu, olhando para o fazendeiro:
— Às vezes, para encontrar tesouros preciosos, precisamos sair do meio da multidão. Precisamos silenciar as vozes à nossa volta e ficar a sós com Deus. No silêncio, ouvi o tique-taque do relógio e fui direto até ele.
Talvez você esteja buscando respostas nos lugares errados ou cercado por barulho demais. É por isso que não encontra o que tanto procura.
O Salmo 46:10 nos lembra: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.”
Pare de correr em círculos, de seguir a multidão. Silencie seu coração, confie, e você verá Deus te dar a direção certa para reencontrar o que pensava ter perdido.
Que Deus te abençoe. Um forte abraço.