De Saulo a Paulo: o encontro que muda destinos


Entre as páginas sagradas das Escrituras, poucas histórias tocam tão profundamente o coração humano quanto a da conversão de Saulo de Tarso. Um homem de sangue judeu, nomeado com honra por sua linhagem como Saulo, mas cidadão romano, também atendia por Paulo. Antes de ser apóstolo, ele foi perseguidor. Antes de pregar o amor de Cristo, ele respirava ameaças contra todos os que seguiam o Caminho.

Saulo era fariseu zeloso, conhecedor da Lei, obediente às tradições de seus antepassados. Viu nos seguidores de Yoshua, o Nazareno crucificado, uma ameaça à ortodoxia religiosa. Armado com autoridade dos principais sacerdotes, partiu para Damasco, não em busca de salvação, mas de prisões e punições.

Mas Deus é especialista em mudar roteiros.

Na estrada, ao meio-dia, quando o sol brilha em seu auge, brilhou algo ainda mais forte: a Glória. Uma luz o envolveu e o derrubou do cavalo. Cego, vulnerável, e pela primeira vez silenciado por algo maior que seus argumentos, ouviu:
“Saulo, Saulo, por que me persegues?”
E a voz continuou:
“Eu sou Yoshua, a quem tu persegues.”

Aquele que antes caçava discípulos, agora estava sendo caçado pela graça. Foi necessário perder a visão física para que os olhos espirituais se abrissem. Três dias sem ver, sem comer, sem certezas. E, no quarto dia, um humilde servo chamado Ananias, obedecendo à ordem divina, foi até ele, orou, e as escamas caíram. A partir dali, o perseguidor tornou-se proclamador.

Paulo, como passou a ser conhecido em seu ministério entre os gentios, não apenas pregou. Ele viveu, sofreu, apedrejou dúvidas com fé, naufragou em mares, mas manteve-se firme no propósito. De suas cartas nasceram doutrinas, de suas prisões brotaram epístolas, de seu passado marcado pela intolerância floresceu uma nova criatura, cheia de amor, coragem e temor a Deus.

A história de Paulo é o espelho da misericórdia divina.
Deus não escolhe apenas os santos para suas obras — Ele transforma pecadores. Ele pega um coração de pedra e faz pulsar vida. Ele olha além da aparência, além do erro, e vê um propósito escondido onde ninguém mais vê.

Quantos “Saulos” vivem hoje entre nós? Pessoas endurecidas, cegas por ideologias, mágoas ou orgulho? Mas o mesmo Cristo que encontrou Saulo no caminho para Damasco ainda hoje se revela nas estradas do nosso cotidiano. Ele continua chamando pelo nome, dizendo: “Por que me persegues?” — não com voz de acusação, mas com o convite de amor mais transformador que existe.

Que cada leitor desta coluna possa refletir: “Estou andando com Cristo ou ainda Lhe fazendo resistência?”
A estrada está diante de nós. O encontro também. E a pergunta ecoa como um sussurro eterno:
“Quem és tu, Senhor?”
E Ele responde:
“Eu sou Yoshua, o Filho do Deus Vivo.”


Alan Ribeiro
Editor do Blog do Alan – Palavras de Deus

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