
Vivemos tempos em que a polarização e as divisões parecem ser a regra. Em todas as esferas da vida – na política, nas relações familiares, nas comunidades e até mesmo dentro de nossos próprios corações – há um crescente impulso para erguer muros que nos separam uns dos outros. Mas, e se ao invés disso, escolhêssemos ser construtores de pontes?
Construir pontes significa fomentar o diálogo, buscar o entendimento, valorizar as diferenças e encontrar caminhos comuns. Significa, sobretudo, reconhecer que as barreiras que nos dividem são frequentemente frutos do medo, do desconhecimento e da intolerância. Quando escolhemos erguer muros, criamos distâncias e fechamos portas para o aprendizado e o crescimento. Em contrapartida, ao construir pontes, estabelecemos conexões que nos permitem enxergar o outro como ele realmente é: um ser humano, com dores, sonhos e esperanças.
A história nos ensina que as sociedades que prosperaram foram aquelas que promoveram o encontro entre diferentes culturas, ideias e perspectivas. O progresso nunca foi obra de isolamento, mas sim de interações ricas e transformadoras. A ponte é o símbolo da superação dos obstáculos que nos separam e da decisão consciente de unir forças em prol de um bem maior.
No cotidiano, ser uma construtor de pontes exige esforço e compromisso. Exige que pratiquemos a empatia, que escutemos antes de reagir, que busquemos soluções ao invés de alimentar conflitos. É um desafio, pois significa sair da zona de conforto e reconhecer que não temos todas as respostas. Mas é também um ato revolucionário, pois cria um mundo onde a cooperação prevalece sobre a discórdia.
Que possamos, cada dia mais, escolher o caminho da construção de pontes. Que sejamos capazes de transformar discordâncias em oportunidades de aprendizado e que, em vez de erguer barreiras, estendamos as mãos. Pois é na união que encontraremos força, é no diálogo que construiremos paz, e é no respeito que florescerá um futuro verdadeiramente humano e acolhedor.
Alan Ribeiro