
Quem disse que Moisés foi punido apenas porque bateu na rocha em vez de falar ela? Essa é a interpretação superficial e infelizmente repetida por pregadores que os códigos da Toráh. É comum ouvirmos que Moisés não entrou na terra prometida por um “gesto de raiva”, baseado em números 20:10: ouvi agora, rebeldes: porventura tiraremos água desta rocha para vós? Mas será que foi apenas isso? Quando mergulhamos na Toráh em sua língua original, o hebraico antigo e desvendamos os códigos espirituais judaicos e a Torá oral, a realidade se revela infinitamente mais profunda. Moisés não foi punido por ira, ele foi o ponto de ruptura entre dois sistemas espirituais. A rocha não era apenas uma pedra, era um código Messiânico que apontava para Yeshua e Moisés Sabia Disso.
Sendo assim, ele entrega o bastão, porque o ciclo mudou, agora é com Josué, que naquele contexto simbolizava Yeshua, aquele que não fere a rocha, mas faz a água jorrar com a Palavra da promessa. Profetas trazem o céu para a terra, o que Moisés fez, foi muito além de sentir raiva, ele fez um ato profético que jamais poderia acontecer pois na segunda vinda, ninguém fere yeshua, na verdade ele vem com poder e grande glória julgar os povos. Temos que discernir quando o tempo muda, pois o mudam e se não discernirmos isso, ficamos presos no ciclo antigo como foi com Moisés.
Deus não apenas impediu Moisés de entrar, Ele excluiu toda uma geração, exceto Josué e Calebe. Porque a frequência espiritual da geração de Moisés não era compatível com a herança da terra. Eles viram milagres, mas não tinham estrutura interior para habitar a promessa. A terra prometida não é uma geografia. É uma dimensão espiritual de governo. Moisés vê, mas não entra porque a justiça é a impulsividade até deixa você chegar perto e ver o reino, mas não te deixa entrar nele. Moisés não foi rejeitado, ele foi disciplinado, o que aconteceu foi um sinal profético que nos ensina a obedecer a direção de Deus ainda que não entendamos. Ele preparou o caminho, carregou o peso, formou o povo, levantou o Tabernáculo, mas o tempo do Governo pela Justiça já tinha chegado ao fim e Moisés não discerniu, entrou em um tempo novo com atitudes antigas.
No Egito e no deserto, Deus tolerou o uso do cajado que era um Símbolo da autoridade e da Justiça. Mas a terra prometida não é governada pela força, ela é governada pela voz, por decretos! Por isso, a ordem foi: falai à rocha. Mas Moisés, ainda operando no velho sistema, age com a vara. E mais, ele bate duas vezes. esse gesto não é neutro: é um sinal profético invertido, que contradiz o modelo Messianico. A terra prometida não aceita a frequência espiritual do ciclo anterior. Ela exige outra chave que é a Fé que fala, que declara, que flui da intimidade e dependência de Yeshua não da força.O nome do local onde isso aconteceu revela o que ocorreu: Mei-Merivá que significa águas da contenda e conflitos de sistemas espirituais. Ali não houve apenas desobediência, houve um julgamento entre sistemas, agora você entende que como um profeta daquele calibre o que Moisés fez foi muito sério.
No segundo momento, já perto da terra prometida, a ordem muda. Agora, é pela Palavra que se libera a vida, um anúncio da segunda vinda, por isso em Números 20 a ordem foi:
fale a rocha e não fira!
Na segunda vinda o Messias Yeshua não sofrerá de novo, mas reinará por meio da autoridade da voz profética, como então Moisés mudou esse ato profético?
O erro de Moisés não foi a raiva, o erro foi quebrar um código espiritual, Moisés feriu a rocha uma segunda vez quando a ordem foi: fale, apenas fale.
E isso, aos olhos dos céus, foi uma profanação do plano profético. Ele ensinou, ainda que
inconscientemente, que o Messias teria que sofrer novamente. mas o cordeiro só é ferido uma vez como diz em Hebreus 9:26: “… por meio do seu sacrifício único…”
Ferir a rocha de novo é como repetir o calvário e isso é espiritualmente ilegal.
A palavra “rocha” em hebraico é Hasela que significa o próprio Messias oculto. Como diz 1 Coríntios 10:4: “…e a rocha era o Messias. “essa rocha que seguia Israel no deserto era um poço sobrenatural vinculado à oculto (tzadik nistar), uma das manifestações do próprio Yeshua. Sim, o sobrenatural vai muito além do muita gente pode pensar ou imaginar, essa rocha seguia o povo de Israel, não era só a nuvem que acompanhava a marcha do povo. Em Exodo 17, no início da jornada, Deus diz: “fere a rocha”. Em Números 20, no fim da jornada, Deus diz: “Fala à rocha”. No primeiro momento, o Messias precisava ser ferido e isso estava embutido em Êxodo 17, aquele era o tempo da Justiça, da redenção por sangue, do cajado, da dor, uma sombra do que Yeshua passaria em sua primeira vinda.