Saúde lança no HGG mutirão para zerar fila de cirurgias bariátricas e metabólicas pelo SUS em Goiás

Unidade é referência no estado para o serviço e já totaliza mais de 1,7 mil procedimentos realizados

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), lançou, nesta sexta-feira (14/03), uma força-tarefa para zerar a fila de espera por cirurgias bariátricas e metabólicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás. A ação faz parte de uma ampla programação da unidade de saúde, em alusão ao Dia Mundial da Obesidade, comemorado no mês de março. O hospital é referência para esses procedimentos, totalizando mais de 1,7 mil cirurgias realizadas.

O Serviço de Cirurgia Bariátrica do HGG foi habilitado pelo Ministério da Saúde em 2017, sendo reconhecido como uma unidade de assistência de alta complexidade ao indivíduo com obesidade. Atualmente, o serviço soma 1.429 procedimentos cirúrgicos (bariátricas). Já os atendimentos voltados para a cirurgias metabólicas tiveram início em 2018, com um total de 328 procedimentos. Essas cirurgias são realizadas no hospital por meio do Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO).

Existe um amplo caminho até a realização desses procedimentos, o que envolve uma verdadeira linha de cuidado ao paciente. “São dois anos de preparo para se chegar à cirurgia pra gente saber exatamente se a pessoa está apta. Os estudos mostram que a cirurgia bariátrica diminui a mortalidade, doenças cardiovasculares, a incidência de diabetes; e isso descarrega o sistema e evita que os pacientes tenham infarto, derrame”, destacou o secretário de Saúde Adjunto de Goiás, Sérgio Vencio.

De 2020 até 2025, o PCCO da unidade já contabilizou mais de 60 mil consultas ambulatoriais. O programa possui atendimento especializado aos pacientes, com equipe multidisciplinar formada por psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, enfermeiros, nutricionistas, além dos médicos cirurgiões bariátricos, pneumologistas, cardiologistas, psiquiatras e outras áreas. Outro diferencial são os procedimentos minimamente invasivos realizados no HGG em cirurgias por vídeo. De 2024 até o momento, foram contabilizados 196 procedimentos cirúrgicos desta natureza, que permitiram uma recuperação mais rápida aos usuários do SUS.

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Atendida pelo hospital, Helena Gomes de Oliveira Sousa, de 45 anos, natural de Piranhas, conta que levou um período de três anos e oito meses desde a primeira consulta, na atenção básica, até a cirurgia na unidade do Governo de Goiás. Antes de passar pela bariátrica, ela precisou ser submetida a uma cirurgia na vesícula e também a outro procedimento para controle da diabetes. Helena foi internada na segunda-feira (10/03) e na terça (11/03) realizou a tão sonhada cirurgia. “Todos que têm peso alto sonham com a cirurgia porque é realmente cara. Eu mesma não tinha condição. Mas, graças ao SUS, hoje eu estou aqui, realizando o sonho tão esperado”, comemorou.

Indicação e acesso
No HGG, a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes que possuem obesidade grau III, com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, e que, por meio do tratamento clínico, não obtiveram sucesso no controle de peso e atendem aos critérios. Outras comorbidades, como colesterol alto, esteatose hepática (gordura no fígado) e hipertensão reforçam a sugestão da cirurgia. Já os procedimentos metabólicos são direcionados aos pacientes diabéticos que estão inseridos no PCCO do HGG. O procedimento é conhecido por curar a doença com uma técnica cirúrgica, reconhecida e aprovada pelo Conselho Federal de Medicina.

A inclusão no Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade no HGG é feita por meio de encaminhamento do paciente na Atenção Básica do município onde ele reside (Cais, Ciams, PSF, Unidade Básica de Saúde – UBS, Centro de Saúde da Família ou postos de saúde). O encaminhamento é conduzido pela Secretaria de Saúde Municipal e depende da disponibilidade de vagas no SUS. “A doença obesidade possui um tripé: causa genética, falta de atividade física e alimentação inadequada. Então, o mais importante é ficar claro a importância da prevenção. A cirurgia bariátrica é o último caminho. Ela não pode ser vista como a primeira opção. Tanto que um dos critérios para a realização de cirurgia bariátrica é o paciente ter tentado outras formas de tratamento”, finaliza o médico Luiznei Rocha, que integra a equipe do Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade no HGG.

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Fotos: Iron Braz

Paciente do Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade do HGG durante avaliação com equipe da unidade

Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

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Alan Ribeiro
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