
Na trajetória de Yoshua, duas mulheres emergem como pilares de amor, coragem e fé inabalável: Maria, sua mãe, e Maria de Madalena, sua discípula fiel. Suas histórias se entrelaçam com a do Mestre, revelando a força e a sensibilidade feminina no plano divino.
Maria, a mãe de Yoshua, é a expressão máxima do amor materno e da entrega total à vontade de Deus. Quando recebeu a anunciação, ela não hesitou, mesmo sabendo dos riscos e do peso que carregaria. Uma jovem simples, de um vilarejo pequeno, ousou dizer “sim” ao Criador, mesmo sabendo que isso significava enfrentar olhares de desconfiança, julgamentos severos e até o risco da rejeição por parte de seu próprio povo. Sua fé inquebrantável e sua coragem ímpar tornaram-na o primeiro tabernáculo vivo da história, carregando em seu ventre a promessa da salvação. Maria não apenas gerou Yoshua, mas o acompanhou em cada passo, da manjedoura ao Gólgota, do primeiro choro ao último suspiro na cruz. Sua presença firme aos pés da cruz é o retrato mais puro da fidelidade e do amor sem limites.
Maria de Madalena, por sua vez, foi a discípula que rompeu barreiras e desafiou as convenções de sua época. Antes marcada pelo preconceito, encontrou em Yoshua a redenção e, em troca, ofereceu-lhe devoção incondicional. Enquanto muitos hesitaram, ela permaneceu. Enquanto alguns fugiram, ela ficou. Foi Maria de Madalena quem esteve aos pés da cruz, foi ela quem visitou o túmulo ao amanhecer, e foi a ela que Yoshua escolheu aparecer primeiro após a ressurreição. Seu papel foi tão significativo que, nos dias de hoje, é reconhecida como a décima terceira apóstola, aquela que recebeu do próprio Mestre a missão de anunciar a Boa Nova da ressurreição aos demais discípulos. Seu nome ecoa como símbolo da força feminina na fé, como testemunha do Cristo vivo, como mensageira da esperança.
Maria e Maria de Madalena representam, cada uma à sua maneira, o coração pulsante da presença feminina na história da salvação. A primeira, mãe e primeira discípula, exemplo de obediência e amor incondicional. A segunda, discípula fiel e anunciadora da vitória sobre a morte, exemplo de coragem e devoção. Ambas nos ensinam que a mulher, longe de ser coadjuvante, é protagonista na história da fé, sustentando com amor e bravura o caminho do Evangelho.