
Desde a infância, Jesus esteve familiarizado com a madeira, o martelo e os pregos. Filho do carpinteiro José, cresceu entre tábuas, serragem e ferramentas, aprendendo a arte de moldar a madeira para construir e reparar. Suas mãos, que um dia seriam perfuradas por cravos romanos, primeiro seguraram martelos e alinharam tábuas com pregos. Ele sabia como a madeira cedia à força das mãos humanas, como os pregos penetravam sua fibra e como o martelo marcava o destino de cada peça trabalhada.

Mas a obra-prima que o Pai Celestial lhe confiou não era um móvel ou uma estrutura terrena, e sim a redenção da humanidade. O madeiro que Ele carregaria em direção ao Calvário não era apenas um objeto familiar, mas a consumação de uma missão eterna. Os pregos que atravessariam Suas mãos e pés não eram desconhecidos, mas se tornariam os selos do maior ato de amor já realizado.
Ao abraçar a cruz, Cristo não viu apenas sofrimento, mas propósito. Como carpinteiro, moldava a madeira; como Salvador, moldou a história. Sua cruz, feita da mesma matéria que tantas vezes trabalhara, tornou-se o altar do sacrifício definitivo. Ele, que conhecia a firmeza da madeira e a dor do cravo, conhecia também o peso do pecado humano e a necessidade da redenção.
Aquele que dominava o martelo aceitou ser ferido por ele. Aquele que aprendeu a dar forma à madeira se entregou a um madeiro. E, ao terceiro dia, o Filho do Carpinteiro venceu até mesmo a morte, provando que sua maior obra não era feita de tábuas e pregos, mas de graça e salvação.
— Palavras de Deus – Blog do Alan Ribeiro